Brasão: marca da Prefeitura agrada por impessoalidade e redução de gastos

Comunicação Social
06/02/2017 14h15

Há 62 anos a capital sergipana carrega parte de sua história em um símbolo imponente que, agora, com a nova gestão, voltou a ser reconhecido. O Brasão das Armas, criado em 1955 pelo artista plástico Florival Santos, foi anunciado nesta segunda-feira, 6, pelo prefeito Edvaldo Nogueira e pelo secretário municipal da Comunicação, Luciano Correia, como a nova marca da Prefeitura de Aracaju. Muito mais do que uma marca, o símbolo foi reavivado com o intuito de fazer reacender também a memória de trabalho e luta do aracajuano.

Levando o slogan "Reconstruindo a qualidade de vida", a gestão reafirma o compromisso, não só com a história de Aracaju, mas também em reerguer a cidade. A intenção foi vista com bons olhos pelos presentes na apresentação. O chefe da comunicação do Tribunal de Contas do Estado, Marcos Cardoso, foi um dos que elogiou a atitude da nova gestão. "Eu acho moderno. Isso é cumprir uma obrigação ética, transparente e fazer com que a marca da prefeitura seja, na verdade, uma marca perene, não uma marca de gestão que muda a cada vez que chega um novo gestor. Eu acho isso muito importante. A Prefeitura tem que ser transparente, tem que agir com ética e de acordo com a lei", afirmou.

Durante a apresentação, o prefeito Edvaldo Nogueira também anunciou que enviará para a Câmara Municipal de Aracaju uma Proposta de Lei que, se aprovada pelos vereadores, tornará o brasão uma marca perene, ou seja, mesmo com a mudança de gestão, ele continuará sendo o emblema oficial da Prefeitura de Aracaju. A iniciativa teve como intuito evitar o gasto de verba pública para a mudança de cor de prédios, uniformes, entre outras atitudes viáveis para a contenção de despesas extras.

O presidente da Câmara, Nitinho Vitale (PSD), considerou a atitude como um ato de exaltação à democracia. "A história está no brasão. Vejo essa iniciativa do prefeito como louvável, democrática, que também diz  respeito aos gastos públicos. Entra prefeito e sai prefeito muda a marca, toda uma estrutura, e essa atitude vai economizar. A ideia é um passo para mudar a história e, ao mesmo tempo, resgatar uma história de mais de 60 anos. Acho que o brasão já era a marca oficial de Aracaju e só faltava alguém reconhecer, e quem está reconhecendo e teve essa felicidade foi o prefeito Edvaldo Nogueira e não tenho dúvida de que os vereadores vão abraçar essa iniciativa", destacou Nitinho ao afirmar que, depois que a proposta for enviada à Câmara, passará pelas comissões e deve ser votada logo no início dos trabalho da Casa.  

O líder do governo municipal na Câmara, o vereador Antônio Bittencourt, disse que o emblema se faz importante porque marca uma trajetória no trato da publicidade da gestão municipal. "Impessoaliza. O brasão é uma arte criada em 1955 feita pelo artista plástico Florival Santos, ou seja, não é uma obra feita por qualquer um, mas sim por quem entende de arte, de luz, de cor, de perspectiva, por isso que ela é muito atual. Ao propor que ela se torne permanente é como se o prefeito dissesse: ‘olha, a gestão não é minha, estou temporariamente'. Creio que a gestão deve ser impessoal e não tem que ficar mudando cor de prédio. Nos tempos em que a gente vive, quanto mais transparência e impessoalidade nas administrações públicas, melhor", reforçou.

A analista de Marketing do Portal Infonet e publicitária, Ila Menezes, considerou uma escolha sóbria. "Achei excelente a ideia de fazer da marca uma coisa permanente, institucional, mais sóbria, independente de partido ou interesses particulares. É uma forma de reconhecimento da gente. O cidadão precisa reconhecer na Prefeitura um patrimônio. Enquanto publicitária, eu acho que há muito tempo a gente precisava disso porque, atrás dessa mudança de marca, também havia a mudança de cor de prédio, então, de certa forma, acabava tirando a identidade de alguns patrimônios, coisas importantes para a nossa cidade", frisou.

O jornalista e radialista André Barros, além de elogiar a escolha do brasão como a marca da gestão, também reforçou a respeito do corte de gastos que a iniciativa vai promover. "Esse era o desejo de muita gente boa no estado. O Ministério Público a vida inteira bateu nessa tecla. Os partidos elegiam seus gestores e começavam a mudar suas cores, gerando despesa, mudando tudo. Agora, vem essa ideia que eu achei perfeita. Considero que é ação de uma pessoa que, realmente, quer fazer a diferença na gestão, economizando, tratando a economia da cidade como fato prioritário", completou.