Número de notificações de doenças transmitidas pelo Aedes cai pelo 2º mês consecutivo

Saúde
06/03/2017 15h15

O número de casos notificados de dengue, zika e chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, apresentou nova queda no mês de fevereiro. Os números do boletim epidemiológico divulgado pela Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), mostram uma redução de 92% no número de casos. Em fevereiro deste ano, foram notificados 40 casos das três doenças, enquanto em fevereiro de 2016 foram 501 notificações.

Nos dois primeiros meses de 2017 foram notificados 110 casos de dengue, zika e chikungunya, uma queda de 87,5% em relação ao mesmo  período do ano passado, quando foram contabilizados 878 casos. De acordo com a diretora da DVS, Taíse Cavalcante, essa redução deve-se principalmente a mudança de comportamento da população. "É preciso destacar que a comunidade tem colaborado bastante nesse trabalho de combate ao Aedes, principalmente nesse período do ano que a gente tem o desenvolvimento mais rápido do mosquito. A chegada da Microcefalia de certa forma assustou os aracajuanos, fazendo com que os cuidados dentro de casa fossem redobrados".

Ainda segundo Taíse, o trabalho minucioso do Programa Municipal de Controle do Aedes  aegypti e as ações de limpeza da Prefeitura de Aracaju também contribuíram ativamente para a redução dos índices de infestação e, consequentemente, do número de pessoas doentes. "O programa "Agora Aracaju vai ficar Limpa" coletou das ruas da cidade somente neste início de ano mais de 700 toneladas de resíduos e entulhos. Além disso, os agentes estão diariamente nas ruas fazendo as visitas de rotina nas casas, monitorando os bairros com maior índice de infestação, avaliando a cada 15 dias os pontos estratégicos (ferros-velhos, escolas e hospitais) e aplicando o fumacê costal", explicou.

Coleta do LIRAa

A SMS realiza esta semana, de 6 a 10 de março, a segunda coleta de dados de 2017 para o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). O trabalho, realizado a cada dois meses, segue uma orientação do Ministério da Saúde e tem como objetivo verificar o índice de infestação predial em Aracaju.  A partir desses dados são traçadas as ações de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

No último LIRAa, realizado em janeiro deste ano, o  índice de infestação geral de Aracaju foi de 1,0, valor considerado satisfatório.  De acordo com as informações da Diretoria de Vigilância em Saúde do Município, apenas cinco bairros ficaram classificados em "médio risco" ou "alerta": Palestina e 18 do Forte (2,6), Salgado Filho (2,5), Coroa do Meio (2,3) e Bairro América (2,0).