Empoderamento feminino é tema das homenagens no Dia Internacional da Mulher

Assistência Social e Cidadania
08/03/2017 19h25

Oito de Março, Dia Internacional da Mulher. Ano após ano, relembrar a história também é uma forma de resistência. Nesta data, que se concretizou como o marco para o início de uma grande revolução mundial na garantia dos direitos das mulheres, a Secretaria da Assistência Social e Cidadania (Semasc) realizou durante todo o dia atividades como palestras, oficinas de autoestima e atendimento ao público feminino com foco em cuidados pessoais, atividades culturais e apresentações musicais. A iniciativa fez parte da campanha “Toda Mulher é Forte”, em que a Semasc irá, durante todo o mês, desenvolver ações com temáticas voltadas para o fim da violência contra a mulher, empoderamento e luta pela igualdade de gênero.

Os primeiros momentos das comemorações começaram no início da manhã, na sede da Prefeitura, onde servidoras e funcionárias receberam flores, com uma mensagem que fugia do tradicional conceito de “rosas e mulher frágil”. Ressignificando o sentido do símbolo e do gesto, junto elas receberam um cartão, cuja mensagem repassada trazia palavras de enaltecimento à força, à dedicação, ao valor da mulher e à resistência.

“Todo 8 de Março nós fazíamos este gesto, que virou costume quando nós estávamos aqui. Apesar de ser muito singelo, esta homenagem tem dois significados: o primeiro deles é comemorar, de maneira efetiva, a luta e a vitória das mulheres neste momento histórico que estamos vivendo, pois nestes últimos anos elas conquistaram um espaço muito importante;  o segundo é ter como vice-prefeita Eliane Aquino, que está fazendo um grande trabalho e tem colaborado no trabalho da prefeitura de maneira efetiva.”, destacou o prefeito Edvaldo Nogueira.

Empoderamento feminino

Apesar dos avanços, as políticas públicas permanecem alertas para buscar um melhor diálogo e entendimento do papel igualitário de homens e mulheres em nossa sociedade. Num lugar de existência em que os índices de violência contra a mulher - seja ela cisgênero, transsexual ou travesti - só aumentam e invisibilizam as denúncias, calando e julgando o ser feminino, ainda há um caminho muito longo a ser percorrido. 

Para Eliane Aquino, colocar a mulher em evidência é empoderar, ensinar a combater os abusos diários. “Todas as mulheres são de luta e nenhuma delas deseja a violência, seja intelectual, moral ou física. Nós estamos aqui para falar para todas as mulheres que elas sejam o que quiserem ser. Que denunciem, que gritem e que digam a todos os companheiros que elas merecem muito amor”. 

Só uma mulher pode apoiar a outra e defender com propriedade suas demandas. Para  artesã Andréia da Silva, é importante poder contar com uma vice-prefeita como representante. “Um homem nunca vai saber o que é ser mulher, criar filho, trabalhar, ficar bonita e ainda ter tempo pra viver bem. Eu espero que, através de Eliane, nós possamos conquistar, cada vez mais, os nossos espaços”.

“Na figura de Eliane a gente vê o poder da mulher na política, que vai e enfrenta, que chega e traz pra si a responsabilidade. Enquanto servidora estou muito orgulhosa de saber que tem uma mulher ocupando um lugar de destaque e como cidadã eu acredito que a gente vai conseguir grandes avanços.”, destacou a servidora pública, Bárbara Lobo.

Atividades 

Durante a tarde, a vice-prefeita e secretária da Assistência Social e Cidadania, Eliane Aquino, junto a profissionais da Semasc, foi ao Centro Comercial de Aracaju para distribuir panfletos e conversar com a população sobre a importância do respeito e da luta pela igualdade de gênero. Saindo dos mercados Albano Franco e Thales Ferraz, a comitiva andou pelas ruas do Calçadão até chegar à Praça Fausto Cardoso, onde foi preparado um palco para a apresentação de poesias e pockets shows com as cantoras Rebecca Melo, Maysa Reis e o grupo musical Flor Maria. Em parceria com o Senac, foram oferecidos cortes de cabelo e tratamento de cuidados com a pele para as mulheres presentes.

Para a vendedora Maria José, mãe de duas filhas, foi uma tarde memorável, onde ela pode aprender um pouco mais sobre seus direitos e ainda escutar boa música enquanto recebia cuidados que a deixaram com mais autoconfiança. “A gente é humilde e muitas vezes não sabe os direitos que a gente tem. Saber que tem mais mulheres brigando pelo que é certo me dá mais vontade defender a mim e às minhas filhas.”

A programação do Mês da Mulher se estenderá durante todo o período de março e início de abril, com atividades a serem desenvolvidas nos 16 Centros de Referência de Assistência Social (Cras) espalhados pela capital.