Projeto “Maria, Maria” aborda gênero e violência com estudantes do Freitas Brandão

Educação
10/03/2017 16h45

Com o objetivo de desconstruir ideias estabelecidas pela sociedade relacionadas ao sexo frágil, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Freitas Brandão realizou na quinta-feira, 9, o “Projeto: Maria, Maria”. Os alunos assistiram palestras com os temas: “A importância e o surgimento do dia 8 de Março” e “Aspectos jurídicos da Lei Maria da Penha”, em homenagem  ao mês da mulher.

A diretora da escola, Vilse Maria dos Santos Gonçalo, explicou como foram realizadas as atividades. “Em cada palestra trabalhamos uma oficina, em que os alunos pudessem colocar em prática tudo que aprenderam. Foi uma forma que encontramos de ter a certeza de que eles estavam compreendendo os assuntos tratados nas palestras”, ressaltou.

A assistente social, Ana Moura, falou sobre o que articulou na sua palestra. “Explanei sobre a importância e o surgimento do dia 8 de março, avanços considerados no Brasil a cerca da conquista do voto, o respeito a mulher, suas conquistas, as redes de proteção a mulher vítima de violência e quais os tipos de violência. Por se tratar de alunos jovens e adolescentes, eles foram bastante receptivos, o que evidenciou o entendimento do tema abordado”, explicou.

A advogada e também palestrante, Otília Ferreira, abordou o tema sobre a Lei Maria da Penha, explicando os impactos positivos na defesa das mulheres vítimas de violência doméstica.“Como o público era de adolescentes no ensino fundamental, busquei ajustar a palestra para aquele público. Não dava para trabalhar com eles com uma linguagem totalmente jurídica, então levei músicas para apresentar como algumas letras suscitam a violência doméstica, a humilhação e a colocação da mulher num patamar extremamente desagradável e que isso pode gerar também a violência”, contou.

O projeto: Maria, Maria

A coordenação da Emef Freitas Brandão elaborou esse projeto com o objetivo de melhorar a vivência dos alunos, em relação as questões como: gênero, violência, agressão física e verbal. Considerando que não existe apenas uma mulher ou um homem, mas sim, diferentes construções simbólicas de papéis, a escola promove palestras, debates e oficinas, para retratar esses assuntos.

“Todo o ano de 2016 trabalhamos com várias temáticas, como: drogas, gravidez na adolescência entre outros temas que envolveu a mulher. Resolvemos esse ano dar continuidade ao projeto pela importância dele, e todos que compõe a equipe da escola abraçaram a causa por perceberem o significado dos questionamentos que tratamos com o projeto”, ressaltou a diretora Vilse Maria.