Saúde estuda implantação de ambulatório transexualizador em Aracaju

Saúde
14/03/2017 14h50

O secretário municipal de Saúde, André Sotero, recebeu na manhã desta terça-feira, 14, em seu gabinete, a assessora do Ministério da Saúde (MS), Kátia Souto, para discutir o apoio na implementação da Política de Equidade e como será o seu desenvolvimento no Sistema Único de Saúde (SUS) em Aracaju, com foco na criação de um Ambulatório Transexualizador.  A consultora do ministério está na capital até essa quarta-feira, 15, se reunindo com gestores, sindicatos e profissionais de saúde para debater sobre a Promoção da Saúde da População LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) e da Saúde do Homem.

O secretário da Saúde, André Sotero, disse que é necessário desconstruir preconceitos, por isso, é sensível à causa. “Estamos em um momento de desafio, que é lidar com a crise econômica. Sabemos da complexidade das demandas desta área, mas o que pudermos fazer será feito”, enfatizou o secretário. Para Ana Débora Santana, consultora extraordinária de Assuntos Governamentais da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), é preciso resgatar o cuidado com as pessoas. “Temos que fortalecer o apoio institucional e tratar as pessoas com respeito nos estabelecimentos de saúde”, completou.

A técnica Kátia Souto foi convidada para colaborar na avaliação e no planejamento das ações de Saúde do Homem e dar apoio no processo de construção do plano de implementação da Política de Saúde Integral da População LGBT, com ênfase na criação e estruturação do Ambulatório Transexualizador em Aracaju. “É preciso um novo pensar na política pública, existem vários desafios nesta área, no entanto, é necessário haver uma articulação intrassetorial com profissionais da saúde da mulher, do homem, da assistência social e psicossocial. Porque o objetivo maior é promover a cidadania destas pessoas”, explicou a técnica do Ministério da Saúde.

Já a coordenadora de Promoção à Saúde da SMS, Kátia Aragão, informa que a Secretaria está pensando em estabelecer o ambulatório transexualizador no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar) Siqueira Campos. “O ambulatório transexualizador é um desejo antigo da comunidade LGBT e estamos pensando em criá-lo no Cemar Siqueira Campos. Mesmo com a implantação do ambulatório, os usuários precisarão passar por um processo de dois anos com acompanhamento psicológico, com endocrinologista, ginecologista, assistente social, enfim com vários especialistas”, informou.

Também participaram do encontro Taíse Cavalcante, diretora de Vigilância em Saúde, Dalmare Sá, coordenador da Rede de Atenção Psicossocial, Ana Carolina Miranda, coordenadora de DST/Aids e Hepatites Virais e Luiz Cláudio Soares, responsável pela Área Técnica da Política de Equidade da SMS. Ainda nesta terça à tarde, a assessora do MS dirige uma roda de conversa sobre saúde da mulher LGBT com a sociedade civil, movimentos sociais, gestores e trabalhadores da Prefeitura Municipal de Aracaju. Na quarta-feira, 15, pela manhã, será realizada uma reunião no auditório do Cemar com gestores e profissionais da Atenção à Saúde da SMS.