Aracaju 162 anos: Arquivo Público Municipal conserva a história de Aracaju

Agência Aracaju de Notícias
16/03/2017 10h35

O Arquivo Público da Cidade de Aracaju, unidade da Fundação Cultural (Funcaju), preserva o acervo histórico do Município. Através de documentos escritos e impressos, fotografias, livros e mapas, plantas e periódicos, provenientes da Prefeitura Municipal e de doações particulares, a Unidade tem como objetivo manter viva a história cultural de cidade.

Criado através do Projeto Levantamento das Fontes Primárias de Aracaju do Departamento de Patrimônio Cultural da Secretaria Municipal da Cultura, no dia 8 de outubro de 1987 pela Lei de nº 1300/1987, o Arquivo é considerado o guardião do patrimônio arquivístico da capital.

Atualmente, o local preserva mais de 14 mil fotografias de bairros, monumentos e festividades da cidade, aproximadamente dois mil livros, 600 mapas e milhares de diários e jornais. Todas as edições do Diário do Município de Aracaju, por exemplo, desde a sua criação em 1991, estão catalogados no Arquivo. O acervo possui também exemplares do Diário do Estado de 1896 a 1948.

Raridades

A maior relíquia do órgão é de 1855 e extremamente representativa: a Ata da Câmara do ano de transição da capital de Sergipe de São Cristóvão para Aracaju. Já o mapa mais antigo é a Planta Cidade de Aracaju, delimitando a terra da Marinha e o alagamento do saneamento do Capital, de 1919, feita a lápis grafite pelo então gestor do Departamento de Obras e Urbanismo (atual Emurb), Antônio Baptista Bittencourt.

Além disso, os cidadãos podem encontrar todos os documentos dos intendentes, prefeitos e interinos da história de Aracaju completamente organizados e catalogados com guia de localização para facilitar o acesso e pesquisas. Uma amostra disso é a posse do terceiro intendente de Aracaju em 1898, Jacintho Martins de Almeida Figueiredo. Através de uma doação externa, centenas de mapas de um dos maiores arquitetos de Aracaju, Osíres Souza Rocha, foram doados e também estão sendo conservados no Arquivo.

Segundo a diretora da Unidade, Rita Valença, “a equipe está finalizando o levantamento e catalogação de todo o material conservado no local, mas ainda não é possível precisar qual a fotografia mais antiga do acervo, pois é necessário um estudo, já que a grande parte desse material não possui registro de datas”.

Valorização da história

Lucenira Sampaio é assistente administrativo do Arquivo desde a sua fundação, há quase 30 anos, e idealizou o levantamento de pesquisa por sentir a necessidade de facilitar o trabalho dos pesquisadores que procuram o órgão. “Já poderia me aposentar, mas gosto do que faço e quero sair deixando o acervo pronto. O arquivo era considerado um depósito de coisas velhas e sem utilidade, mas conseguimos transformar em um local de pesquisa e a procura dos estudantes têm aumentado, principalmente para produção de monografias”, conta.

“Queremos que, cada vez mais pessoas conheçam a história de Aracaju e trabalhamos para facilitar isso, como as exposições que realizamos e com elas, aproximamos a população da história de uma forma mais acessível e prática. Todo material está à disposição da comunidade, mas não é permitido cópias ou empréstimo, apenas fotografar”, ressalta Rita.

Funcionamento

O Arquivo é aberto ao público de segunda a quinta, das 8h às 18h, e sexta, das 8h às 17h. No antigo prédio, na avenida Hermes Fontes, só tinha condições de receber 20 pessoas por vez. Desde novembro com novo endereço, localizado na rua Estância, nº 36, Centro, a capacidade aumentou significativamente, podendo receber uma visita coletiva de cerca de 40 pessoas pré-agendadas. Hoje, recebe aproximadamente 60 visitantes por mês, entre pesquisadores e estudantes. Para mais informações sobre visitas, basta entrar em contato por meio do telefone (79) 3179-1381.