Semed discute Indicadores Educacionais de Aracaju

Educação
22/03/2017 12h56

Com o objetivo de discutir os indicadores educacionais da rede municipal da Educação a Secretaria da Educação de Aracaju (Semed) realizou um ciclo de discussões com os diretores e coordenadores pedagógicos das unidades de ensino da rede que estão com notas medianas e baixas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). As reuniões aconteceram nos dias 09, 10, 13, 15, 16 e 21 de março no auditório da Escola de Governo de Aracaju.

As escolas convocadas para o ciclo de discussões foram alinhadas em grupos de trabalho de acordo com os resultados no IDEB 2015. A equipe da Semed apresentou o diagnóstico individual de cada uma das escolas presentes nas reuniões e, a partir da realidade de cada unidade, sugeriu diretrizes e ações para a melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica é calculado pelo Ministério da Educação através da prova Brasil, que é aplicada de dois em dois anos pelo Ministério da Educação, e mede a taxa de rendimento escolar através da análise do fluxo escolar e as médias de desempenho dos alunos da rede de Educação de municípios e estados através da análise da proficiência em português e matemática.

A secretária da Educação de Aracaju, Maria Cecília Leite, esteve presente em todas as reuniões e participou ativamente das discussões. "A gente quer estabelecer estratégias para que a escola consiga superar esses problemas que foram apresentados. O nosso objetivo aqui é monitorar todo o processo de ensino para que isso se reflita em um avanço da qualidade da aprendizagem e, consequentemente, no fluxo escolar", explica a secretária enfatizando que "a prova será no segundo semestre, mas nossa gestão estará o ano todo dentro dessas escolas, trabalhando junto para uma melhoria efetiva na rede de Educação de Aracaju", compromete-se Maria Cecília.

O coordenador de Programas e Projetos da Assessoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Asplandi) da Semed, Evilson Nunes, detalhou como o trabalho foi feito. "A Asplandi fez o levantamento da situação de cada escola a partir do resultado do IDEB, foi verificado em que ponto da escala de proficiência estão os alunos que fizeram a prova e como está a situação de cada uma das turmas em uma escala histórica de 2013 até 2015", informa o coordenador.

Nunes demonstrou ainda que há diferentes estratégias para diferentes escolas. "Existem escolas com alunos no nível zero de proficiência, para essas escolas existe uma estratégia específica. Escolas que já superaram essa etapa, que estão nos níveis 2, 3 e 4 de proficiência, terão um trabalho diferenciado, por isso a separação por grupos com base na proficiência. Isso permite que gente tenha uma visão clara da rede", evidencia o coordenador da Asplandi.

Ciclo de Reuniões 

Os diretores e coordenadores presentes destacaram o ineditismo da proposta e se disseram entusiasmados com o trabalho integrado entre as escolas com realidades parecidas e a Semed. Marcelo Ribas, diretor da Escola Municipal de Ensino Fundamental José Carlos Teixeira, afirmou que nunca viu a secretaria com uma preocupação tão grande em estar perto das escolas.

 "Essa gestão está preocupada em estar próximo à escola e isso é muito bom para nós. Essa reunião é de extrema importância porque a secretaria se torna parceira da escola, não delega do gabinete. A secretária está aqui conhecendo a nossa realidade e discutindo as estratégias de melhoria conosco, nos ouvindo, tenho certeza que essa iniciativa impactará positivamente nos resultados da nossa proficiência esse ano", analisa o diretor.

Já a coordenadora da Emef Laonte Gama, Izabel Cristina Campos, avaliou as reuniões como "muito positivas". "Eu acredito nisso que está acontecendo aqui porque estamos juntos pensando e desenvolvendo ações de melhoria em cima das nossas realidades. Isso é gestão de fato, as escolas não podem ficar em uma redoma de vidro como se tivesse atemporal. A essência da escola é o pedagógico, a escola boa é aquela na qual o aluno aprende, mas esse aprender tem uma série de demandas que precisam ser melhor compreendidas e a gente precisa buscar diretrizes comuns, é isso que a Semed está propondo aqui", avalia a coordenadora.