Sema lança campanha para o Dia da Biodiversidade

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), por meio da equipe de Educação Ambiental, está lançando atividades em prol do meio ambiente. Uma dessas  é um projeto que visa trabalhar o Dia da Biodiversidade, celebrado no próximo dia 22 de maio, estimulando a população a registrar imagens sobre a biodiversidade de Aracaju.

 

“O projeto vai servir para as pessoas observarem o que temos de mais bonito e que na maioria das vezes passa despercebido. A nossa ideia é que todos participem fotografando a biodiversidade de Aracaju. Após as fotos, todos terão que marcar a nossa página “Sema Aracaju”, tanto no Facebook como no Instagram, para selecionarmos as melhores”, relata a coordenadora de Educação Ambiental da Sema, Raphaella Ribeiro.

 

As imagens registradas não deverão mostrar pessoas de forma que seja possível identificá-las, à exceção do próprio autor. Também não serão permitidas fotografias com estampas de marcas comerciais e de órgãos públicos. A Sema selecionará as melhores fotos para expor no dia 22 de maio, na Praça Fausto Cardoso, Centro da Cidade. As fotos serão expostas em molduras confeccionadas pela oficina de papel da Emsurb.

 

 

A Sema está lançando a campanha intitulada como: Eu Faço a Diferença, que objetiva o incentivo a práticas ambientais positivas de pessoas que já fizeram e fazem a diferença na capital sergipana. As primeiras pessoas a abraçarem a ideia da campanha foram os representantes de ONG’s: Instituto Canto Vivo, Cristiane Nogueira e Anna Caroline Nogueira, e Ciclo Urbano, Waldson Costa. 

 

Fazer a diferença pode ser compreendido como se mostrar disposto, através de atitudes, a não seguir um padrão comum. Na área ambiental, pequenas atitudes e mudanças comportamentais afetam de maneira positiva a vida como um todo. É preciso incentivar que essas mudanças ocorram para que a sustentabilidade deixe de ser um conceito e se aplique no dia a dia. 

 

“Cada ser humano deseja de alguma forma deixar a marca da sua atuação, através dessa campanha, a Sema irá registrar essa atuação e mostrar para os outros cidadãos atitudes e modelos positivos que devem servir de inspiração. Dessa forma, vamos valorizar as pessoas que estão tendo boas iniciativas e aproximar a comunidade do poder público”, declara o secretário da Sema, Cesar Viana.

 

Toda sexta-feira, a Sema através das suas redes sociais - Facebook: Sema Aracaju; Instagram: @semaaracaju, mostrará uma história de alguém que contribui positivamente com ações ambientais.

 

Instituto Canto Vivo 

 

O Instituto Canto Vivo é uma organização sem fins lucrativos, criada pela ambientalista Cristiane Nogueira, que visa semear de forma revolucionária o pensar o meio ambiente, associando-o a qualidade de vida e inclusão social, mediante a realização de projetos educacionais e ambientais voltados para a preservação vegetal de forma sustentável e participativa.

 

Antes, especificamente no ano de 2001, o Instituto Canto Vivo era uma ONG de proteção de pássaros que recebia o auxílio do Ibama. O Instituto trabalhava com a reprodução e soltura de aves silvestres nas matas sergipanas. No ano de 2004, a ONG começou a trabalhar recuperando árvores da Mata Atlântica. 

 

“No início eu comecei sem entender quase nada do bioma. Em 2004, o Canto Vivo se tornou de fato uma organização sem fins lucrativos no papel e, desde então, a gente vem trabalhando em conjunto: família, amigos, voluntários, entre outros. É um trabalho árduo, principalmente de educação ambiental. É uma questão de bom senso. Devemos investir na educação ambiental para tirar o melhor do ser humano e do meio ambiente”, relata a diretora Cristiane Nogueira.

 

Assim como Cristiane, a sua filha, Anna Caroline Nogueira, também se interessou pelo assunto. Hoje, a jovem segue os mesmos passos da mãe e até criou um aplicativo para a ONG, a fim de facilitar a comunicação com o público.

 

 

“Como voluntária do Canto Vivo vi a necessidade de implantar uma plataforma sustentável. Muitas vezes não temos a noção de quantas árvores foram plantadas pelas pessoas e qual a destinação delas. Então surgiu a ideia do aplicativo, que foi ganhando força, e se tornando uma plataforma sustentável, onde a gente pode ter áreas de reciclagem, pontos de coletas, tutoriais, mini cursos, etc. Ficou bem grande e deu pra agregar muita coisa”, informa Anne Caroline Nogueira.

 

Na plataforma sustentável o usuário pode cadastrar árvores através do QR CODE, que vem junto com as sementes distribuídas pela ONG. A captura do dióxido de carbono (CO2) feita pelas árvores contará pontos na conta do usuário, do qual será utilizado para compensar a própria pegada de carbono.

 

Se houver excesso de CO2, poderá ser comercializado na bolsa de valores ou trocado por produtos de empresas parceiras. Dentro da plataforma (versão web) também haverá tutoriais, vídeo aulas, minicursos, rede social para os usuários interagirem e trocarem informações, pontos de coleta seletiva, dicas de reciclagem e de boas práticas.

 

 

A Associação Ciclo Urbano foi criada em 2007 pelo geógrafo Waldson Costa e o arquiteto Felipe Cesar, com a ideia de ser uma organização que buscasse a melhoria da mobilidade urbana em Aracaju. Sua finalidade é promover a utilização da bicicleta, como também o uso de outras formas de locomoção e transporte a propulsão humana, com integração ao transporte público motorizado.

 

Para o geógrafo, contribuir com ações de cunho ambiental é de suma importância. "A nossa diferença é sair um pouco da proposta do cidadão urbano padrão, que tem um automóvel e depende dele para se locomover. Nós buscamos alternativas, que é o caminhar e o pedalar pela cidade, conhecendo as dificuldades que a gente tem nesses atos. Queremos buscar melhorias e nos unir através de ações coletivas”, declara Waldon Costa.