100 dias sem parar: Educação restabelece serviços e cumpre prazo para início das aulas

Desde que assumiu a administração municipal, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), tem trabalhado para restabelecer os serviços que garantem o pleno funcionamento da rede. Merenda escolar e transporte são exemplos de serviços que foram suspensos em 2016 devido ao não pagamento dos fornecedores na antiga gestão.

"Conseguimos fechar o processo de negociação financeira com as três empresas e iniciamos o ano com merenda escolar, transporte e serviços gerais viabilizados. Foi um trabalho que exigiu muito esforço, visto que tivemos que conciliar o valor passivo com a viabilização dos valores referentes ao ano de 2017, em uma realidade orçamentária menor do que a do ano passado", explica a secretária municipal da Educação, Cecília Leite.

A dívida deixada também acarretou no atraso da conclusão do ano letivo 2016 e consequentemente, na necessidade de atraso para o início das aulas, em 2017 para mais de 30 mil estudantes da rede municipal. Com os esforços do prefeito Edvaldo Nogueira e da secretária da Educação junto à sua equipe diretiva, as aulas iniciaram dentro do prazo estabelecido e com os serviços normalizados.

A diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Papa João Paulo II, Silvana dos Santos, comemora a retomada dos serviços. "Agora temos duas novas merendeiras aqui na escola. Estamos todos radiantes porque está tudo voltando ao seu devido lugar, não aguentávamos mais sofrer. Agradeço aos esforços para garantir esses serviços, que são essenciais", reconhece.

A secretária explica que houve a redução do orçamento para a Educação do Município em relação ao ano de 2016. De acordo com ela, o orçamento era de R$ 292 milhões e esse ano será de R$ 255 milhões, mas defende o planejamento e vê com otimismo a adequação à nova realidade.

 

"Apesar do corte de gastos, a orientação que estou dando é a de que devemos trabalhar com qualidade para que essa redução no orçamento não interfira na excelência dos serviços educacionais prestados à população. Tivemos uma redução, mas vamos nos empenhar e agir com coesão para que 2017 seja um ano de grandes avanços", salienta Cecília.

  

Nesta segunda-feira, 10, serão iniciadas as aulas na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Dr. José Calumby Filho. A creche localizada no bairro 17 de Março possibilitará que 250 alunos, com idade entre 1 a 5 anos, comecem seus estudos, e que seus pais trabalhem com a certeza de que seus filhos estão sendo bem cuidados.

Inaugurada em junho de 2016 pela antiga gestão, a Emei se manteve fechada até o momento por ter sido entregue inacabada e com diversos ajustes a serem feitos. Conforme prometido à comunidade, o prefeito Edvaldo finalizou as obras de acabamento proporcionando tranquilidade aos moradores do bairro, que viviam um longo período de ansiedade.

Entre os serviços que foram realizados para que a Emei pudesse funcionar efetivamente, estão as instalações do gás de cozinha, do sistema elétrico e da caixa d’água. Além disso, foram concluídas as obras de acabamento das salas de aula e cozinha. Segundo diretora da Escola, Mayra de Araújo, “diferente de quando foi inaugurada, hoje a creche possui estrutura ampla e diferenciada para contemplar as crianças da localidade em turmas de meio período e integral”, contou.

 

 

Com o objetivo de discutir os indicadores educacionais da rede municipal da Educação, a Semed tem realizado um ciclo de discussões com os diretores e coordenadores pedagógicos das unidades de ensino da rede. O foco do trabalho são os profissionais que estão com notas medianas e baixas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). As reuniões aconteceram entre os dias 9 e 21 de março, no auditório da Escola de Governo de Aracaju.

O coordenador de Programas e Projetos da Assessoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Asplandi) da Semed, Evilson Nunes, detalhou o trabalho. “A Asplandi fez o levantamento da situação de cada escola a partir do resultado do Ideb, foi verificado em que ponto da escala de proficiência estão os alunos que fizeram a prova e como está a situação de cada uma das turmas, em uma escala histórica de 2013 até 2015”, informa o coordenador.

 

Nunes demonstrou ainda que há diferentes estratégias para as escolas com o objetivo de permitir uma visão clara da rede. “Existem escolas com alunos no nível zero de proficiência e  com os que já superaram essa etapa e estão nos níveis mais avançados, por isso a separação por grupos”, evidencia.