O secretário municipal da Saúde, André Sotero, participou na manhã desta segunda-feira, 10, de uma sessão especial na Câmara Municipal de Aracaju pela passagem do Dia Mundial da Saúde, celebrado no dia 7 deste mês, e do Dia Mundial de Combate ao Câncer, comemorado no último sábado, 8. A sessão atendeu ao requerimento da vereadora Kitty Lima, que presidiu a mesa, composta ainda pelo vereador Américo de Deus, pelo ex-vereador Dr. Emerson, pela presidente do Sindicado dos Enfermeiros do Estado de Sergipe, Shirley Morales, e pela psicóloga da Associação dos Voluntários a Serviço da Oncologia em Sergipe (Avosos), Raquel Bezerra. Representantes da OAB, do Conselho Municipal de Saúde e de diversas ONGs que dão apoio aos pacientes com Câncer também estiveram presentes na sessão.
O secretário André Sotero abriu seu discurso fazendo mais uma vez um apelo para que os médicos, em greve há 80 dias, retornem ao trabalho. Ele destacou que a população não pode ficar desassistida e que não há dinheiro em caixa para atender a reivindicação da categoria para pagar integralmente ou em menos parcelas o salário de dezembro. “Os recursos que entram estão servindo apenas para pagar funcionários e fornecedores. Não temos dinheiro em caixa, não temos como atender essa solicitação dos médicos. É preciso que a categoria tenha bom senso nesse momento”.
Em seguida, o secretário apresentou números que mostram a estimativa do câncer em Aracaju. De acordo com os dados, 270 novos casos de câncer de próstata devem surgir este ano na capital e 210 de câncer de mama feminino. André Sotero destacou também a importância das atividades de prevenção que estão sendo desenvolvidas pelo Programa Municipal de Saúde Bucal, uma vez que o câncer de boca tem crescido muito nos últimos anos.
Para situar os presentes sobre a assistência aos pacientes com câncer, Sotero fez uma breve explanação do planejamento municipal para a linha do cuidado oncológico, pontuando a estrutura que a rede oferece aos usuários do SUS e apresentando propostas para a melhoria do serviço. “Uma das nossas metas é habilitar o Hospital Universitário ao Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cancon), ampliando a oferta de procedimentos cirúrgicos e dos tratamentos de quimioterapia e radioterapia”. E finalizou garantindo que verba federal destinada ao paciente oncológico não mais será desviada. “Na gestão passada esse recurso não chegou ao destino e isso causou muito transtorno, os pacientes sofreram principalmente com a falta de medicação. Agora não permitiremos mais que esse dinheiro seja desviado”.
