Escolas abordam valorização dos costumes indígenas e respeito às diferenças culturais

Educação
19/04/2017 18h12

Como forma de promover o resgate da cultura e destacar a importância do povo indígena na configuração histórica do Brasil e nos costumes da sociedade, as escolas da rede municipal da Educação de Aracaju realizaram  gincanas e exposições de utensílios, passeios, culinária, músicas e danças típicas da cultura, durante esta quarta-feira, 19, Dia do Índio.

A Emei Ana Luiza Mesquita Rocha foi uma delas. De acordo com a diretora Lucila Marcário de Santana Souza, a unidade de ensino evidencia as datas comemorativas, não somente como um dia festivo, mas como forma de levar o conhecimento aos estudantes  sobre a história e os costumes ainda existentes e que devem ser preservados.

"No caso do Dia do Índio, não devemos apagar a memória da cultura por ser um valor cultural nosso. O índio foi fundamental para a história do Brasil. Com essas ações, esperamos que os alunos, além de terem contato  com outros povos, aprendam a respeitar as diferenças culturais, visto que devemos respeitar a diversidade", pontuou  a diretora da Emei Ana Luiza.           

Já a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Sabino Ribeiro, recebeu o grupo indígena da tribo Kariri-xocó.  Para a diretora Greyce Kelly Souza Almeida, foi fundamental para os alunos conhecerem mais sobre a cultura do povo indígena. “Foi uma forma de valorizar e respeitar a cultura presente em nossa formação de cidadão brasileiro. Por isso, nesta data, nada melhor que oferecer acesso a este grupo para fazer perguntas, conhecer o artesanato e prestigiar apresentações da tribo”, relatou.

O índio Uyaran, da tribo Kariri-xocó, revelou estar feliz por visitar Aracaju e apresentar a história da sua tribo para os estudantes do Sabino Ribeiro. “Viemos com o objetivo de trazer conhecimento sobre nossa aldeia, nossa origem e tradição. Muitos de nós ainda sobrevivem do artesanato. Acho que é importante trazer  isso para os alunos conhecerem”, explicou.

Na Emef Tenisson Ribeiro o dia também foi especial. Lá, as crianças entraram no clima da comemoração e, caracterizadas, participaram de diversas brincadeiras. O mesmo aconteceu na Emef Dom  José Vicente Távora, Tenisson Ribeiro e Emei Dom Avelar Brandão que realizaram diversas atividades garantindo alegria e conhecimento à garotada.

Passeio com atividades 

Em um dia diferente e repleto de animação, os alunos da Emef Olavo Bilac visitaram o Centro Cultural de Aracaju onde participaram de atividades em comemoração a data. A diretora da escola, Maria Socorro Soares do Santos, explica que além das atividades desenvolvidas em sala de aula os estudantes também puderam conhecer um espaço que tem muitas informações sobre a cultura indígena.

“O objetivo foi apresentar as crianças a contribuição histórico-cultural dos índios para a formação do povo brasileiro. Eles participaram de contação de histórias, oficinas de arte com pintura corporal, e confecção de cocar. Foi muito produtivo e gratificante ver o brilho nos olhos das nossas crianças”, relatou a diretora.

Para o aluno do 3º ano da Emef Olavo Bilac, Carlos Rafael Silva de Carvalho, o dia será sempre lembrado. “Gostei muito. Aprendi sobre a história dos índios e da culinária deles. Nunca tinha visitado o Centro Cultural. Achei muito legal porque, além de aprender muitas coisas, conheci um lugar fantástico”, contou.

Gincana indígena

As atividades pelo Dia do Índio se estenderam por outras unidades de ensino. Na Emef Elias Montalvão, por exemplo,  ocorreu uma gincana com várias atividades como arco e flecha, arremesso de lança e competição de corrida. Uma oportunidade para trabalhar não apenas o contexto histórico, mas o espírito de cooperação dos índios e as diferenças que os cercam, segundo a coordenadora pedagógica, Sandra Santos Lisboa Santana.

“Sempre foi perceptivo todo o massacre que os índios sofreram desde aa época em que os portugueses chegaram ao Brasil. Visando isso, resolvemos fazer essa gincana para conhecer melhor as atividades desenvolvidas pelo povo indígena em seu cotidiano, adaptando a realidade dos dias atuais e usando materiais que temos na escola”, explicou coordenadora.