Com a intenção de alinhar alternativas para o enfrentamento às drogas, o Projeto Redes, ação iniciada em 2014 pelo Governo Federal e em Aracaju mediado pela Secretaria Municipal da Assistência Social e Cidadania (Semasc), realizou o 1º Fórum Intersetorial de 2017, na tarde desta quarta-feira, 20.
Com iniciativas que abarcam os setores da assistência social, educação, saúde e segurança, prioritários na gestão da Prefeitura de Aracaju, o trabalho do Projeto Redes é agregar todas essas pastas em torno do combate ao uso abusivo de álcool e outras drogas e à violência contra a mulher. Para que as ações aconteçam de forma efetiva, o trabalho em conjunto deve ser uma realidade consolidada, na opinião da vice-prefeita e secretária da Semasc Eliane Aquino. "A intersetorialidade não se dá apenas através dos secretários, ela precisa acontecer na ponta. As pessoas precisam entender o que é esse trabalho em conjunto e nós precisamos sair das nossas caixinhas. Não dá para a assistência dizer ao usuário 'isso não é o meu trabalho', da mesma forma com a saúde, a educação e os demais setores da gestão".
Outro ponto da discussão foi a forma como esse trabalho de enfrentamento às drogas será realizado. Sem caráter repressivo nem culpabilizatório, as políticas públicas trabalharão para gerar "Acesso e Afeto", nome dado ao modus operandi do Projeto Redes no município de Aracaju: acesso aos serviços e afeto ao tratarem os usuários com dignidade.
Para o secretário municipal da Saúde, André Sotero, na maioria das vezes, uma boa conversa com a população pode gerar grandes resultados, que não seriam alcançados apenas com decisões nos gabinetes. "Eu trabalho há mais de 20 anos com medicina e faz algum tempo que eu percebi o poder que as palavras têm. Uma conversa olhos nos olhos, entendendo realmente qual a necessidade das pessoas, é muito mais proveitosa do que uma decisão que vem de cima para baixo".
Leon Garcia é psicólogo, foi trabalhador do Projeto Redes até o ano de 2015, palestrou do evento e se disse bastante satisfeito com o modo que a assistência social é conduzida no município. "Não tem nenhuma capital brasileira que tenha a clareza que Aracaju tem para trabalhar a assistência social como política garantidora de direitos", comemora.
