Professores de Aracaju participam da construção do programa Horas de Estudo

Educação
19/05/2017 10h17

Desde que o programa Horas de Estudo foi retomado, professores da rede municipal de ensino têm dedicado tempo às capacitações e atualizações. Conquistado na década de 80, o programa que é promovido pelo Centro de Aperfeiçoamento e Formação continuada de Educação (CEAFE), estava suspenso desde 2015.

Com os esforços da Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), os educadores voltaram a ter o direito concedido em abril, com a realização da aula inaugural e, desde então, participam de atividades as quais são divididas em três turnos, de acordo com as áreas de interesse dos professores.

Na noite da última quinta-feira, 18, por exemplo, foi a vez dos professores polivalentes, formados em Pedagogia, receberem a oficina "Currículo e Organização do Trabalho na Escola", ministrada pela coordenadora de ensino fundamental da SEMED, Ana Débora de França. Ao mesmo tempo, os professores da área de Educação Física estavam em outra sala discutindo as questões referentes à área de atuação.

A coordenadora do CEAFE, Rita Amorim, explica o Horas de Estudo tem como prioridade tornar os professores construtores do processo formativo. "A grande importância do programa é a cooperação, a colaboração dos professores no processo de formação continuada. Planejamos os cursos, as palestras e oficinas, com base na realidade enfrentada pelos professores em sala de aula, então, ao mesmo tempo em que eles estão aqui aprendendo, a partir dos conteúdos preconizados pela Base Nacional Comum Curricular, estão ensinando também", esclarece a coordenadora.

Rita completa que "a maior riqueza do Horas de Estudo é o compartilhamento de conhecimento. Tudo o que fazemos em sala de aula nos traz conhecimento empírico e quando essa riqueza é levada para frente, nos realizamos enquanto pessoas e profissionais", detalha a coordenadora.

 

Valorização

Para os professores que participam da construção de suas próprias capacitações, a experiência aproxima da realidade da rede municipal. Jorgeval de Almeida Santos é professor da rede há mais de uma década e afirma que, com o projeto, os professores têm expectativas de construírem espaços coletivos de conhecimento.

"Queremos que seja uma capacitação motivada pelo nosso dia a dia, baseada em nossa realidade. O professor que está na sala de aula traz os dramas e desafios do cotidiano, então o conteúdo dos cursos está sendo extremamente importante. Estamos participando ativamente da construção desse processo", analisa.

A professora Valdeci Josefa é recém ingressa na rede. Apesar do pouco tempo, já tem sua opinião definida sobre o programa. "A questão da formação deve ser muito valorizada por nós professores. O que a gente aprende na academia é importante, mas é no cotidiano que construímos nossas metodologias de ensino. A oficina de Ana Débora trouxe foi extremamente importante, porque já começamos falando das frustrações diante dos problemas enfrentados. E quando vemos que o problema não faz parte, apenas, do nosso dia a dia, nos fortalecemos", destaca a professora da escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Oviedo Teixeira.

Maria Ivanilde de Menezes é coordenadora da EMEF José Conrado de Araújo e também fez considerações no sentido do valor de aliar teoria e prática. "Acho fundamental esse programa. É uma conquista da classe dos professores, o momento em que a gente reflete a nossa prática e que, com base nos assuntos discutidos, avançamos", frisa a professora.