Alunos da Valdice Teles dão show nas apresentações teatrais

Agência Aracaju de Notícias
07/06/2017 22h14

Foi uma tarde diferente, com direito a muitas risadas. Em cena estavam alunos das oficinas de teatro ofertadas pela Escola Oficina de Artes Valdice Teles, unidade mantida pela Prefeitura de Aracaju, através da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju). A atividade marca o encerramento dos cursos, além de integrar o Circuito Cultural Centro, promovido pelo Instituto Banese com o apoio da Prefeitura.

As oficinas começaram no dia 20 de março e foram finalizadas com a apresentação dos alunos nesta quarta-feira, 7. Os responsáveis pela desenvoltura dos participantes foram os professores de teatro Raimundo Venâncio e Tânia Maria. "Nós estamos felizes com o resultado. É muito gratificante ver os alunos se desenvolvendo, crescendo na arte, abertos ao novo. A caminhada continua e ela tem sido rica, valorosa. A gente não só ensina, a gente aprende. Essa troca é indispensável para a arte", colocou.

Para a diretora da Valdice Teles, Giuliana Maria, as oficinas despertam nesses alunos o interesse pelo teatro. "Faz cinco dias que eles estão aqui direto.  Não é somente o resultado da oficina, eu vejo um grupo de artistas nascendo, quiçá um grupo de teatro que está saindo daqui da nossa escola. Nesse sentido, tanto a gente trabalha com esse despertar do artista para arte, para uma linguagem que ele vai escolher, como também, para a formação de público. Isso porque esses artistas vão consumir teatro, vão dialogar com outros equipamentos culturais, porque artistas vão a shows, museus. Estou feliz. É assim que o mundo vai se tornar melhor", pontuou.

Ainda de acordo com a diretora da unidade, a Valdice Teles é uma escola de formação básica, onde são oferecidas oficinas semestrais. "É aqui onde as crianças, adolescentes e idosos estão tendo o primeiro contato com uma linguagem artística. É aquele momento em que você sonha um dia fazer dança, teatro e descobre quais instrumentos tem o seu corpo e como você lapida isso pra poder se comunicar com o público", complementou.

Público

Quem compareceu à Escola ficou encantado com o que viu. As apresentações fizeram o estudante Alê voltar no tempo. "Eu me lembrei da época em que fiz teatro em Salvador. Adorei estar aqui hoje. Foi muito interessante. Eu já vi várias peças de teatro, mas essas trouxeram algo diferente. Reforçaram a ideia de querer voltar, de vir mais vezes, de consumir teatro", afirmou Alê De Amor.

Se para quem assistiu foi satisfatório, para quem estava contracenando foi realizador. Dona Maria das Graças Virgínio tem 65 anos de idade, nunca imaginou que um dia mudaria de lugar. "Eu sempre assisti, ficava na plateia porque achava interessante. Gostei muito, principalmente porque sou tímida e aqui eu abri a boca, consegui falar algumas palavrinhas. Deu tudo certo", disse radiante ao encerrar a apresentação.

Emily Alves de apenas 10 anos de idade atuou como uma veterana, mergulhou no universo da arte com o esquete ‘Quando o camburão vier buscar mamãe, eu vou dizer que'. "Foi incrível essa experiência. Eu estava nervosa, minhas pernas tremiam, minha boca também.  Foi muito bom trabalhar com essas pessoas e também de conhecer outras pessoas daqui.  Eu sempre gostei de teatro, desde pequeninha. Sempre gostei de brincar de atuar", relatou.