Saúde leva informações de prevenção às escolas

Saúde
08/06/2017 13h27

Com o objetivo de intensificar as ações de prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (IST), da Aids, da gravidez na adolescência e de informar sobre a importância da vacina contra o HPV, o Programa Saúde nas Escolas (PSE) aproveitou a aproximação da data que comemora o Dia dos Namorados, no próximo dia 12 de junho, e está indo às escolas estaduais e municipais conversar com os estudantes adolescentes de 12 a 15 anos de idade.

A primeira ação aconteceu na manhã desta quinta-feira, 8, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Monteiro Lobato, no bairro Inácio Barbosa, com os alunos dos 8º e 9º anos. Durante a tarde, a ação educativa será na Escola Estadual Prof. Ruy Eloy. Já nos dias 13 e 14, acontecerão nas escolas municipais Prof. Laonte Gama da Silva e Sérgio Francisco da Silva, respectivamente.

Segundo Aline Guimarães, referência técnica do PSE da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o Programa, juntamente com os técnicos do Programa de IST/Aids da SMS, traz uma proposta de trabalhar a educação sexual com os adolescentes das escolas públicas que aderiram ao programa. "Em alusão ao Dia dos Namorados resolvemos trazer este tema para os adolescentes despertarem para o uso de preservativos, prevenindo doenças e gravidez indesejadas. Bem como falar sobre a vacina do HPV, que imuniza meninas de 9 a 14 anos e meninos de 12 e 13 anos, e disponibilizar a caderneta do adolescente e o 'Caderno das Coisas Importantes', que são manuais explicativos com informações sobre vários temas como vacinação, alimentação saudável, saúde bucal e prevenção das IST e Aids", explicou a técnica.

A professora de educação física da Escola Monteiro Lobato, Lígia Maria Dias Santos, reforça que as ações da PSE são muito importantes para os alunos terem o entendimento de prevenir as doenças. "Hoje em dia os meninos e as meninas estão muito precoces em relação ao sexo, eles têm uma visão errada da sexualidade sem responsabilidade. Os alunos daqui, em sua maioria, são de uma comunidade pobre, o Pantanal, e às vezes não falam de sexo com os próprios familiares. Então é muito válida esta parceria da escola e da saúde", completou a educadora.

A estudante Stefane Aquino, 14 anos, achou a ação excelente. "Nós tiramos muitas dúvidas, principalmente, quanto ao uso de camisinha. Eu mesma nunca tinha visto a camisinha feminina", relatou a adolescente.

A enfermeira Marília Uchôa, técnica do Programa IST/Aids, ressaltou que os jovens e adolescentes estão se descuidando do uso dos preservativos. "Se a Aids está concentrada em jovens entre 15 e 24 anos, precisamos orientar mais essa faixa da população para melhorar estes números. Com tanta informação disponível, porque não usam? Qual o problema? Ouvi de um aluno que ter relações sexuais sem preservativos é uma prova de amor. Isso é um absurdo", pontuou Marília.