Prefeitura reduz comissionados e economiza mais de R$ 10 milhões em cinco meses

Agência Aracaju de Notícias
23/06/2017 09h15

Desde que a gestão do prefeito Edvaldo Nogueira começou, em janeiro de 2017, uma decisão foi determinante para que os rumos da administração fossem traçados: a redução de gastos. E uma das medidas adotadas que está gerando resultados positivos foi a diminuição de 50% dos cargos comissionados. 

Apenas nos últimos cinco meses, a Prefeitura de Aracaju conseguiu economizar R$10.418.298,00 com o pagamento de cargos em comissão. O valor equivale a 35% a menos do que foi destinado para este fim, no mesmo período do ano passado. Ou seja, enquanto a atual gestão gastou R$19.506.785,2, entre os meses de janeiro e maio de 2017, a administração passada despendeu R$ 29.925.083,2 em 2016. 

De acordo com o secretário Municipal da Fazenda, Jeferson Passos, o resultado alcançado é fruto do compromisso da administração do prefeito Edvaldo com a correta aplicação dos recursos. "É claro que os cargos comissionados são necessários ao funcionamento do município, no entanto, na gestão anterior, havia em excesso e nem sempre esses profissionais contribuíam com seu trabalho, principalmente levando-se em conta a remuneração que recebiam", analisa o secretário. 

Jeferson observa que a estratégia de otimizar a utilização de mão de obra para o funcionamento da gestão foi preponderante, e hoje reflete na qualidade dos serviços prestados e na economia alcançada. "O que a gente busca neste governo é que as pessoas que efetivamente são colaboradoras da administração sejam aquelas que estejam imbuídas em alcançar resultados", pondera. 

Fortalecimento

O desafio de cortar despesas para conseguir equilibrar as contas públicas não é tarefa fácil. Ainda assim, quando a administração dispõe de empenho, a iniciativa de diminuir as chamadas ‘despesas não obrigatórias' fortalece as reservas financeiras da gestão e evita o surgimento de situações inesperadas. E para o consultor econômico, Rubens Dias, a Prefeitura de Aracaju está no caminho correto. 

"Para alguns, pode até parecer que o governo está desaquecendo a economia local, mas essa é uma visão equivocada, quando na verdade precisa-se notar os efeitos de médio e longo prazos dessa medida, ou seja, manter quem trabalha recebendo regularmente e sem atrasos. Com isso, o mercado cria uma expectativa real de receber por aquilo que vendeu e este volta a fortalecer a sua natural confiança que é comprar, vender e receber. No final, todos saem ganhando", avalia. 

Rubens enfatiza também que se o governo municipal continuar seguindo por esta direção, os resultados em longo prazo serão ainda melhores. "Conforme o levantamento realizado pela atual administração, em cinco meses foram economizados R$10.418.298,00 representando uma economia de 35%. Isso proporciona aos cofres públicos uma reserva anual de aproximadamente R$25 milhões. Se compararmos ao longo de um governo de quatro anos, encontraríamos uma economia em torno de R$100 milhões de reais. Valor que pode ser direcionado para questões como Saúde, Educação, Esporte e Moradia", analisa.

O consultor econômico considera, ainda, que o aumento de cargos comissionados no setor público abre brechas na segurança financeira e destaca que, em tempos de crise, a redução de despesas é extremamente necessária. "Constata-se que quanto mais se reduz os cargos em comissão, mais dinheiro em caixa o setor público mantém. Sem contar que as contas passam a ser apresentadas ao povo com maior transparência", pondera Rubens, completando.

"Tentar agradar a todos é praticamente impossível, mas medidas precisam ser tomadas, custos precisam ser cortados e investimentos devem ser feitos, pois não existe crescimento sem investimento. Infelizmente, em momentos de crise, os cortes são necessários, principalmente, quando são realizados com um objetivo tão nobre que é realinhar as contas públicas da nossa cidade. Processos de replanejamentos financeiros precisam ser realizados com foco no médio e longo prazo, com objetivos concretos e sustentáveis para o bem estar da população", recomenda.