Saúde alerta para prevenção das hepatites

Saúde
21/07/2017 11h00

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) aproveita o Julho Amarelo, mês de controle das hepatites virais, para reforçar a necessidade da prevenção da doença e também do diagnóstico precoce, uma vez que o diagnóstico tardio ou a falta de tratamento podem fazer com que a doença evolua para uma cirrose ou até mesmo câncer.

A hepatite é uma inflamação do fígado que deixa a pessoa ictérica, ou seja, de cor amarelada, e pode ser causada por vírus, medicamentos, álcool, substâncias tóxicas e doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. As hepatites mais comuns são A, B e C, mas existem também as hepatites D e E. Cada uma delas é provocada por um tipo de vírus e tem diferentes formas de prevenção e tratamento. A hepatite A é uma infecção aguda transmitida por meio de água e alimentos contaminados. Já as hepatites B e C são infecciosas e transmitidas através do sexo sem proteção ou no compartilhamento de seringas e objetos cortantes.

A referência técnica das hepatites virais da Coordenação de Vigilância Epidemiológica (Covepi) da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) da SMS, Fabiana Fonseca, explica que o grande embate hoje é conscientizar a população para o diagnóstico da doença. "O desafio é diagnosticar a presença do vírus e conter a doença antes que ocorram os danos que acarretam o fígado. A principal arma na batalha contra esta doença é a detecção, por isso disponibilizamos o teste rápido de forma gratuita no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que fica no Cemar do Siqueira Campos", informou Fabiana.

No mundo, existem mais de meio milhão de portadores das hepatites B e C, e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) as hepatites virais são um dos maiores problemas mundiais de saúde e matam duas vezes mais do que a Aids. "É importante saber que é uma doença assintomática, silenciosa e que mata. Mas se diagnosticada precocemente, tem cura. Existe a vacina para a hepatite B, e a vacina para a hepatite A é só para crianças de 1 a 2 anos incompletos", ressaltou Fabiana.

A técnica fez um estudo dos últimos cinco anos na capital, de 2012 a 2016. Houve 20 casos de hepatite A, 254 da hepatite B e 221 casos da hepatite C. "O sexo masculino é mais prevalente: foram 334 casos, enquanto que nas mulheres foram 217. A faixa etária mais acometida pela doença é a de 40 a 49 anos, na qual foram registrados 130 casos", informou.

Dia Mundial de Luta

No dia 28 de julho se comemora o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. Neste dia será realizado um seminário para médicos e enfermeiros da Atenção Primária promovido pelo Programa de IST/Aids e Hepatites Virais da SMS, em parceria com o Programa Estadual de Hepatites Virais e o Hospital Universitário, que é a referência para tratamento das hepatites em Sergipe. O evento acontecerá na Universidade Tiradentes (Unit), no Campus Farolândia, das 8h às 17h.

Já a partir das 17h, no Calçadão da 13 de Julho, haverá uma ação da SMS em parceria com a Clínica Endogastro.  "A SMS vai disponibilizar a vacina contra a Hepatite B para quem quiser ser imunizado", disse Fabiana.

Cuidados

De acordo com Fabiana Fonseca, algumas atitudes devem ser tomadas para reduzir os riscos de contaminação. Não se deve compartilhar escovas de dentes, seringas e agulhas. É aconselhável levar os seus próprios utensílios devidamente higienizados ao ir à manicure ou pedicure, usar camisinhas nas relações sexuais, vacinar-se contra a hepatite A e B, exigir das autoridades públicas de saúde os testes em transfusões de sangue.

Os materiais usados em injeções, tatuagens e piercings devem ser sempre descartáveis, e é fundamental lavar bem todos os alimentos antes de consumi-los. Outro cuidado simples para o dia a dia é higienizar as mãos após o uso do banheiro. É importante fazer periodicamente o teste rápido para saber se tem hepatite