Eliane Aquino recebe homenagem por luta em favor das pessoas com deficiência

Entre agradecimentos e discursos emocionados, encerrou-se nesta quinta-feira, 21, a 9ª Semana da Acessibilidade, com a entrega do Troféu Pipiri. Durante a solenidade, a vice-prefeita e secretária municipal da Assistência Social de Aracaju, Eliane Aquino, foi homenageada pela luta e militância em favor das pessoas com deficiência no Estado de Sergipe. A iniciativa do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência foi realizada em parceria com a Prefeitura de Aracaju, por meio da Assistência Social e com o apoio de diversas entidades que atuam na área.

Emocionada, Eliane Aquino destacou o trabalho desenvolvido à frente da Assistência do município. “Uma das primeiras coisas que eu tinha certeza que queria fazer ao chegar à Prefeitura era montar um departamento para a pessoa com deficiência. Mesmo com a estrutura falha e dificuldade financeira encontradas, ao assumir a gestão, montamos uma equipe com garra, força de vontade e compromisso com a população de Aracaju. Precisamos de uma cidade inclusiva não apenas no papel, precisamos operacionalizar e fazer com que as leis sejam cumpridas”, afirmou.

Além do papel de gestora, Eliane Aquino falou sobre o seu papel de mãe de Mateus, que tem Síndrome de Down. “Quantas vezes eu me peguei pensando como seria e se meu filho conseguiria conviver em harmonia nessa sociedade. É importante lembrar que meu querido e saudoso Marcelo Déda foi uma das pessoas que mais esteve ao meu lado, conversando e me fazendo entender que ia ficar tudo bem. Mesmo com todas as dificuldades que senti, consegui ter sabedoria, força e fé para continuar esta caminhada e ser uma pessoa melhor para mim e para meu filho", contou.

O prêmio volta a ser realizado depois de dois anos sem ocorrer. De acordo com o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Everton Vieira, este é o momento mais emocionante da 9ª Semana de Acessibilidade. “O papel de cada uma dessas vinte e uma pessoas que recebeu o troféu é ser uma semente para que outras possam se inspirar nas suas histórias. Esta noite de premiação mostra o quanto precisamos conquistar mais espaços para fazer o nosso direito valer”, ressaltou.

 

Uma das homenageadas, Rosineide dos Santos Bastos, foi considerada uma “mulher briguenta” e quase foi demitida do seu cargo público, em Riachuelo, por lutar pelos direitos do filho, que tem paralisia cerebral e é surdo. Mas foi pela insistência em fazer com que as leis fossem cumpridas que ela conseguiu não apenas melhoria de vida para a família, oportunizou o acesso de outras pessoas aos direitos delas. “Pelo amor ao meu filho eu busquei as leis, fiz o poder público dar todo o suporte que eu precisava e até entrei na Justiça para fazer valer esses direitos. Por amor a ele eu me formei pedagoga, aprendi libras e hoje meu marido e minha filha mais nova também se comunicam com ele através de sinais. Foi por esse amor que acabei abrindo portas. Acredito que o envolvimento do poder público é essencial para que possamos viver melhor e não estar escondidos dentro de casa como se tivéssemos algo sobrenatural”, declarou.