Saúde apresenta trabalho de investigação de óbitos em Pernambuco

Saúde
04/10/2017 15h53

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Aracaju está participando do “Encontro sobre a Melhoria da Qualidade da Informação sobre Causas de Morte no Brasil”, realizado em Pernambuco, que acontece até sexta-feira, 6. O tema apresentado no evento foi a investigação dos óbitos maternos, fetais e infantis, ocorridos de janeiro a março deste ano, na capital sergipana.

O trabalho foi desenvolvido pelo Comitê Municipal de Prevenção da Mortalidade Materna, Fetal e Infantil, da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), e a apresentação ficou a cargo da técnica Shirley Azevedo Barreto, integrante do Comitê, e do médico infectologista Thiago Mendes, da Coordenação de Vigilância Epidemiológica (Covepi). "O objetivo do desenvolvimento desta ação é melhorar as causas de óbitos mal definidas, através de sistemas de informações específicos", explicou Shirley.

De acordo com Raulinna Gomes, coordenadora da Coordenação de Sistemas de Informação de Vigilância em Saúde (COSIVS), o trabalho é fruto da investigação dos óbitos com Código Internacional de Doenças (CID) inespecíficas, as chamadas ‘CID’s garbages’. “São CID’s que não definem a causa básica da morte, como por exemplo, hipertensão, pois, nesse caso, a causa pode ser um acidente vascular cerebral [AVC] ou um infarto”, detalhou.

A coordenadora informou ainda que foram investigados 257 óbitos, através da informação do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e de 13 hospitais da capital. “No entanto, após a investigação, 41,5% destes óbitos foram alterados para a causa básica definida”, explicou Raulinna, acrescentando que existe uma equipe da COSIVS treinando os servidores dos hospitais para primar pela qualidade do preenchimento da declaração de óbitos.

COSIVS

A Coordenação de Sistemas de Informação de Vigilância em Saúde (COSIVS), setor que também integra a DVS da Secretaria de Saúde de Aracaju, é responsável pela alimentação dos bancos de dados de doenças, de nascidos vivos e de mortalidade. “Estes dados servem de base para o desenvolvimento de políticas públicas na prevenção e promoção da saúde para a população aracajuana”, esclareceu Raulinna.