Assistência promove diálogo sobre adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas

Assistência Social e Cidadania
13/10/2017 17h12

Criar um ambiente junto aos profissionais da Assistência Social e aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, em um clima acolhedor baseado na empatia, no encorajamento e na liberdade com responsabilidade. Foi com este objetivo que a gerência de Média Complexidade da Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju realizou na manhã desta sexta-feira, 13, uma roda de conversa com educadores sociais e técnicos dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) Maria José Menezes Santos e Porto D’antas, ambos localizados na zona Norte da capital.

Guiado pela educadora social Gabriela Assunção, o diálogo foi baseado na Pedagogia da Presença. “Esta oficina tem foco nos profissionais dos Cras, em parceria com a Proteção Especial e a Proteção Básica, sendo uma ferramenta de trabalho utilizada com os educadores e com os técnicos da Média de Complexidade e um dos alicerces do nosso projeto político-pedagógico. Hoje estamos discutindo o direcionamento do olhar ao adolescente que está em situação de dificuldade pessoal e social, no sentido de acolher e trazer ele para dentro do serviço, fomentando o seu desenvolvimento e seu protagonismo”.

Neste diálogo, o foco foi o 4º Distrito, formado pelos bairros Porto D'antas, Coqueiral, Cidade Nova, Getimana, Japãozinho, Palestina, 18 do Forte, Santo Antônio e Industrial. Região considerada como de grande índice de criminalidade. “Nossa maior questão é quebrar essa ideia de senso comum, pois ainda existem muitos mitos acerca dos adolescentes em cumprimento de medidas socioassistenciais. Dentro dos nossos espaços o que mais precisamos é trabalhar estas práticas acolhedoras”, destacou Gabriela Assunção.

De acordo com a coordenadora do Cras Maria José Menezes Santos, Aldileia Lemos, a leitura que deve ser feita é de que o jovem em ato infracional não deve ser apenas punido, mas sim orientado a entender o quanto ele lesou a sociedade com sua atitude. “Nós temos que receber estes jovens da melhor forma possível, para oferecer uma maior atenção e uma perspectiva de melhora. Quando uma pessoa não atribui valor e respeito à própria vida, ela acaba desvalorizando a do próximo, se iniciando assim um ciclo de violência”.

Há mais de sete anos como educador social, Antônio dos Santos afirma ter aprendido lições importantes durante a oficina. “Acredito que estes momentos aqui são necessários, pois a maneira como escolhemos o público fará a diferença no andamento dos processos de reconstrução de vida de cada um deles”.