Audiência Pública esclarece medidas compensatórias com a instalação de empreendimento atacadista

Agência Aracaju de Notícias
14/11/2017 11h55

Após a construção e implementação do Assaí Atacadista, a Prefeitura de Aracaju, através de uma comissão permanente, formada por representantes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Aracaju (SMTT), da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) e da Secretaria Municipal do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog), designou algumas medidas necessárias que a empresa deveria adotar na localidade que circunda a avenida Simeão Aguiar, no bairro José Conrado de Araújo. Na manhã desta terça-feira, 14, no auditório do Centro Administrativo, contudo, a empresa e representantes da comissão permanente apresentaram para a comunidade local, durante audiência pública, o Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV).

A base que norteou o pedido da Prefeitura é uma lógica simples de que, para a concretização de qualquer grande empreendimento é necessária a realização de alguns procedimentos básicos, um deles é uma avaliação criteriosa a respeito dos impactos que tal construção pode causar ao local em que será erguida, sobretudo quando a mesma vai atingir direta e indiretamente a comunidade da região.

Há cerca de um ano, o empreendimento foi instalado em Aracaju numa área de 11.900 m², área esta que está localizada em um bairro já consolidado a nível de infraestrutura capaz de receber uma construção desse nível. Para compensar possíveis efeitos, sobretudo no trânsito local, algumas medidas foram solicitadas à rede atacadista que pertence ao Grupo Pão de Açúcar. 

O secretário municipal do Meio Ambiente, Augusto César Viana, assegurou que a Prefeitura de Aracaju se preocupa, além de receber empreendimentos que gerem emprego e renda, que os mesmos não causem impactos negativos às comunidades, por isso, algumas exigências são feitas para adequar esses empreendimentos às demandas locais. “O empreendimento atendeu as medidas que solicitamos, como a plantação de mudas e a manutenção de praças. Após a sua implantação, foi verificado alguns impactos negativos, como a emissão de ruídos vindos dos geradores, mas isso já está sendo resolvido. O nosso intuito com a audiência pública foi justamente deixar a população a par do que tem sido feito para minimizar os impactos que foram causados, o que acontece em qualquer construção”, explicou. 

De acordo com o arquiteto e técnico da Sema, Rômulo César, um dos principais conflitos na região foi a respeito do trânsito, mas, a situação tem sido contornada a contento . “Foi feita uma vistoria pela Emurb e foi verificado que houve uma alteração com relação ao projeto que foi autorizado, mas, o empreendimento já estava pronto. Dessa forma, pedimos para ser feito o RIV e que o mesmo fosse apresentado à população. Além disso, solicitamos também a realização de algumas medidas compensatória, justamente para minimizar os impactos na região. Não verificamos problemas ambientais, mas, com relação ao tráfego foi necessário que a empresa fizesse algumas ações mitigadoras, o que já tem sido feito”, frisou. 

Cássio Martins, representante da GN Consultoria, que presta serviço ao grupo Assaí, fez uma breve explanação sobre o que coube à empresa com relação aos estudos e medidas a serem realizados no local do empreendimento. “Antes de levarmos o empreendimento a qualquer localidade, fazemos um estudo minucioso, justamente para evitar transtornos na região e, logicamente, beneficiar a população local. Já estamos tomando as medidas que nos foram solicitadas como a reforma de duas praças, cuja a obra envolveu o plantio de grama, pintura da igreja, retiradas de entulhos, criação de drenagem na quadra de esporte, entre outros pontos, além de plantação de mudas e algumas melhorias no trânsito da região. Para cada impacto negativo, uma medida mitigadora”, esclareceu.