Reunião do Colegiado Interfederativo Regional discute políticas públicas para a Saúde

Agência Aracaju de Notícias
17/11/2017 11h44

Na manhã desta sexta-feira, 17, os membros do Colegiado Interfederativo Regional (CIR) de Aracaju, que é composto por oito municípios, inclusive a capital, se reuniram para a última reunião de 2017. Na pauta estava o balanço dos resultados deste ano, a discussão de políticas públicas que serão adotadas, aplicação das verbas de emendas parlamentares e apresentação dos dados do programa "Vidas do Trânsito".

Os representantes das Secretarias de Saúde dos municípios de São Cristóvão, Itaporanga D'ajuda, Barra dos Coqueiros, Riachuelo, Santa Rosa de Lima, Divina Pastora e Laranjeiras, além da capital, debateram as diretrizes que guiaram as ações para suas pastas e quais os resultados já obtidos no decorrer do ano. O intuito é encontrar uma sintonia que se transforme em efetividade e competência para lidar com uma área tão importante. "Esse espaço é muito importante para pactuar as decisões regionais que serão tomadas pelas gestões. Por exemplo, temos um recurso de emendas parlamentares e precisamos discutir a melhor aplicação dessa verba. Temos a oportunidade de saber os programas adotados pelos outros municípios e acertar como será o trânsito dos pacientes entre as cidades", explica Ana Débora Santana, secretária adjunta da Saúde.

As reuniões do colegiado são realizadas mensalmente e contam com a presença assídua dos gestores e dos técnicos de Saúde, na busca da troca de informações para aprimoramento dos serviços. "A presença dos gestores nessa reunião é de suma importância, pois é aqui que discutimos nossas ações, buscamos soluções para nossos problemas e, sobretudo, debatemos políticas públicas para a Saúde utilizando a experiência de cada um dos membros", ressalta Edilayne Gonçalves, apoiadora do Conselho Municipal de Secretários de Saúde do Estado de Sergipe.

O entendimento que o planejamento é imprescindível para uma boa administração norteia a atual gestão municipal. Na Saúde a adesão dos envolvidos tem sido exemplar. "Nós estamos fazendo hoje um balancete dos indicadores para saber onde melhoramos e o que precisamos aprimorar para obter resultados ainda melhores. A atual gestão conseguiu resgatar esse colegiado com força e participação de todos os secretários", afirma Sayonara Carvalho, técnica da Assessoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional.

Vida no Trânsito 

No terceiro domingo de novembro é celebrado o "Dia Nacional em Memória das Vítimas de Trânsito". Pensando nisso, foi apresentado na reunião do CIR o segundo Boletim Anual de Violência no Trânsito. O estudo é desenvolvido pelo Ministério da Saúde e foi implementado em Aracaju em 2014.

O objetivo principal reunir todos os órgãos que são responsáveis pelo controle de trânsito no município para que se possa fazer uma avaliação de todos os acidentes de trânsito fatais ou graves que aconteceram no ano anterior. "A partir desse diagnóstico são pensadas políticas públicas direcionadas para os problemas que foram detectados dentro do nosso município. Então, nós produzimos esse boletim anual, coordenado pela Secretaria Municipal da Saúde e com apoio de diversos órgãos e entidades, que gera um plano de ação para diminuir as mortes e os acidentes graves", explica Taise Cavalcante, diretora de Vigilância em Saúde da SMS.

O Brasil é o primeiro colocado, entre os países da América do Sul, no número de óbitos em acidentes de trânsito. "Trata-se de um problema de saúde pública que afeta principalmente jovens adultos do sexo masculino. O boletim nos permite saber também que a maioria dos casos de óbito está ligado ao consumo de bebida alcoólica e excesso de velocidade. Saber disso nos permite montar estratégias específicas para esse público alvo", continua.

Embora os números brasileiros não sejam animadores, pouco a pouco vitórias vão sendo alcançadas aqui em Aracaju. Um resultado que mostra que a estratégia adotada está dando resultado. "Nós tivemos uma diminuição no número de óbitos. Em 2016 computamos 51 mortes no trânsito de Aracaju contra 66 registrados em 2015. Atrelamos esse resultado aos programas de conscientização que surgiram nessas discussões. No entanto, o trabalho precisa continuar, pois as características continuam as mesmas. As vítimas são normalmente homens, jovens adultos, sob efeito de álcool e dirigido em alta velocidade", adverte Taise.