Conscientização: Funcaju realiza Cine Consciência Negra

Cultura
22/11/2017 21h29

Na semana em que é comemorado o Dia da Consciência Negra, a Prefeitura Municipal de Aracaju e a Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), através do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira, realizaram o Cine Consciência Negra, com o tema ‘Amor, afeto e solidão do negro’, na noite desta quarta-feira, 22, no Centro Cultural de Aracaju. O evento contou com apresentação de teatro das internas da Fundação Renascer, exibição de curtas de diretoras negras e debate com a jornalista Aline Braga, militante do movimento negro em Sergipe.

“É necessário sempre debater a Consciência Negra e o Núcleo de Produção Digital não poderia deixar essa data de lado. Tivemos uma belíssima apresentação de teatro das meninas da Renascer, o que é um marco histórico. É a primeira vez que elas se apresentam e isso é de uma importância imensa. Também tivemos a parte do audiovisual com os curtas de diretoras negras feitos com atrizes negras e isso só reforça o nosso papel como disseminador da cultura”, destaca a diretora do NPD, Carolina Westrup.

As meninas da Fundação Renascer apresentaram duas pequenas peças no Teatro João Costa, no Centro Cultural. Peças que retrataram o racismo que acontece no dia a dia dos brasileiros. “Recebemos o convite para abrir o evento e aceitamos. As meninas passaram algumas semanas ensaiando duas peças sobre a consciência negra. Elas apresentaram na Fundação e agora pela primeira vez puderam apresentar em um teatro. Foi um desafio muito grande para todos poder participar e tem uma importância muito grande para nós. Poder apresentar este trabalho para o público aumenta muito a auto estima delas e ajuda bastante no trabalho de socialização que fazemos todos os dias”, observa a diretora da unidade feminina da Fundação Renascer, Silvia Ângela Resnati.

Após a apresentação, o público se dirigiu para a Sala de Exibição Walmir Almeida onde foram exibidos os curtas “A quem das nuvens”, com direção de Renata Martins, e “O dia de Jerusa”, com direção de Viviane Ferreira. O debate ficou por conta da jornalista Aline Braga. “Consciência negra é um tema que tem que ser trabalhado o tempo inteiro e fazer isto em um ambiente público, dando a oportunidade para que várias pessoas possam vir e debater, é de extrema importância. Temos que plantar sempre essas sementes de diálogo. Temos várias linguagens para tratar disso e a produção dos filmes sendo feita por mulheres negras, trazendo atrizes negras, discutindo essa realidade encaixa perfeitamente no objetivo”, ressalta Aline Braga.