Assistência promove atividade em alusão ao Dia do Deficiente Visual

Assistência Social e Cidadania
13/12/2017 15h44

Tato, paladar, audição, olfato, visão, intelecto. Cada sentido do corpo humano tem sua função, tão vital para reconhecer cores, sabores, sensações, entre tantas outras experiências que o mundo pode proporcionar. Mas, é certo que viver em um universo onde não ter um destes sentidos é fazer parte de uma minoria, e acaba sendo um desafio para quem precisa se adaptar ao todo. Nesta quarta-feira, 13, é comemorado o Dia do Deficiente Visual e diante da necessidade de incentivar a igualdade, a solidariedade e o respeito, a Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju, através da diretoria de Direitos Humanos e Centro Dia, realizou uma oficina de brinquedos sensoriais no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Antônio Valença. 

O objetivo da atividade foi interagir com as crianças para fazê-las vivenciar algumas das dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência em seu dia a dia. “Uma das propostas da diretoria é a prevenção às violações de direitos da pessoa com deficiência. Por este motivo iniciamos, em outubro, algumas ações nos equipamentos para mostrar à população quais as dificuldades que estas pessoas passam diariamente. Apesar de difícil, é possível. Mesmo de um modo diferente, em um tempo diferente”, destacou o coordenador de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência da Secretaria Municipal da Assistência, Murillo Oliveira.

Dos 16 Cras, dez unidades já receberam a atividade, com foco nas crianças e adolescentes. Murillo ainda destacou outras intervenções. “Recentemente também fizemos um cinema sensorial no Cras 17 de Março, com a exibição de um filme com áudio-descrição, começando um ciclo de conscientização, além das rodas de conversa que já realizamos. Isso mostra que mesmo com a perda de um sentido, um membro ou com deficiência intelectual, estas pessoas têm capacidade de aprender ou se comunicar. É preciso visualizar as pessoas com deficiência sem considerá-la como coitadinhas”, salientou.

De acordo com a coordenadora do Centro Dia, Lidiane Barbosa, é importante que cada um se coloque no lugar do outro para ter mais empatia. “Aqui os meninos e meninas conseguem entender o significado de aceitar o que é diferente e conviver em harmonia com isso. Eu considero como positiva esta nossa vinda, pois nós conseguimos ver nas falas de cada um deles, durante a prática, que o preconceito pode ser desconstruído.”

Mateus da Silva tem 12 anos, está morando em Aracaju há cinco meses e, por incentivo da família, sempre participa do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) do Cras. Ele, que tem e convive com uma tia com deficiência visual e intelectual, disse que teve dificuldades nas brincadeiras, mas que aprendeu bastante. “Deve ser muito difícil viver desse jeito, mas a gente convive com ela e ela consegue fazer tudo. Agora eu vejo o quanto a gente precisa cuidar dela, para facilitar as coisas ao máximo. Assim podemos viver melhor e ela também”, afirmou.