Último CineSUSgestao de 2017 promove debate voltado para a saúde

Agência Aracaju de Notícias
14/12/2017 18h08

Parece um simples documentário, mas não é. Por trás das imagens e sons, um ensinamento para quem esteve na sala de cinema do Centro Cultural de Aracaju, localizado na praça General Valadão, na tarde desta quinta-feira, 14. O último CineSUSgestão do ano de 2017 apresentou o filme ‘Vou Rifar Meu Coração', de Ana Rieper. Com duração de 1h20 minutos, o filme trata do imaginário afetivo dos brasileiros, com base na música brega. Parte do documentário foi gravada em Sergipe.  

A ideia do projeto é utilizar o cinema como dispositivo para que os gestores possam discutir os serviços oferecidos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o coordenador do Núcleo de Projetos Inovadores (Nuprin), que faz parte do Centro de Educação Permanente (Ceps), da Secretaria Municipal da Saúde, Murilo Andrade, o CineSUSgestão promove a articulação entre a arte, a educação e a promoção à saúde. "Nós começamos o projeto em março e a cada mês discutimos um tema específico. Foram 10 edições até aqui. A ideia é trabalhar com tecnologia leve para pensar em formas melhores de cuidar do usuário do SUS", explicou.

A expectativa é que a parceria intersetorial firmada no início da gestão entre a Secretaria Municipal da Saúde e a Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju); o Núcleo de Projetos Inovadores com o Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira se fortaleça cada vez mais. "Estamos felizes com o resultado. A cada mês, tivemos uma surpresa. A gente espera que em 2018 essa parceria intersetorial continue", afirmou o coordenador.

Para a gerente do Centro de Referência de Infecção Sexualmente Transmissíveis de Aracaju, Mônica Rocha, o CineSUSgestão é muito positivo por se tratar de um projeto que discute a saúde  de forma lúdica, além de motivar e integrar os gestores. "A gente tira lições, aprende coisas novas e discute sobre o filme. No dia a dia, a gente se depara com situações parecidas e aprende com o outro de uma forma descontraída", colocou.

A referência técnica da Política de Educação Popular em Saúde do Município de Aracaju, Ericka Henriques Guerra, destacou a importância de se trabalhar a diversidade cultural em conexão com a saúde. "Esse projeto busca através da arte fazer uma análise do que é vivenciado no serviço de saúde. Nessa edição, a gente trouxe um filme que fala do sofrimento da música brega e o efeito que ela causa na sociedade. Mostra de que forma a música interfere na vida das pessoas. Ao mesmo tempo em que traz sofrimento, proporciona alegria", destacou.

Quem acompanhou algumas das dez edições ficou satisfeita com o que viu. "Gostei bastante porque traz uma mensagem. Nas outras edições, também foi assim. Isso é muito legal, pois nos ajuda a refletir sobre várias temáticas, a exemplo da depressão, homossexualidade. Esses ensinamentos são de grande valia para o desenvolvimento do nosso trabalho", colocou a gerente da Unidade de Saúde da Família João Oliveira Sobral, localizada no bairro Santos Dumont, Mayara Araújo Reis.