Semasc realiza Curso de Formação sobre Direitos da Mulher e Enfrentamento à Violência

Assistência Social e Cidadania
02/03/2017 15h30

Abrindo a programação de março alusiva às comemorações do Dia da Mulher, foi realizado nesta quinta-feira, 2, o Curso de Formação sobre Direitos da Mulher e Enfrentamento à Violência para profissionais dos 16 Centros de Referência da Assistência Social (Cras) e dos quatro Centros de Referência Especializados da Assistência Social (Creas). As atividades, realizadas durante todo o dia no auditório da Estação Cidadania, envolveram cerca de 80 técnicos e educadores, qualificando-os para um melhor atendimento com foco nas cidadãs assistidas nas unidades dos Cras e Creas vinculados à Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju (Semasc).
 
Empoderamento feminino e um trabalho massivo de desconstrução e educação. De acordo com a prefeita em exercício e secretária da Assistência Social e Cidadania, Eliane Aquino, apenas desta forma será possível construir uma sociedade mais justa. “A gente precisa mostrar que o abuso e a violência não são normais. O problema que existe na família é nosso, é de toda a gestão municipal. Precisamos diminuir os nossos índices de violência contra a mulher, abuso sexual contra crianças e adolescentes, e outras formas de violência doméstica, pois a incidência desses casos ainda é grande”.
 
Para além da violência física, existe a violência psicológica. Mas, a pior delas, ainda acaba sendo a institucional. “Entender sobre este fenômeno passa por estarmos juntos, identificando as suas nuances, porque costumamos identificar a agressividade apenas quando ela é corporal. Esta reunião com os agentes que estão na ponta do atendimento é importantíssima para emancipar o usuário. Mas, mais ainda, para ensinar a estes profissionais que não se deve levar as crenças pessoais e preconceitos para dentro do ambiente onde as pessoas precisam ser atendidas”, explicou a diretora de Direitos Humanos, Lídia Anjos.

Para a psicóloga do Creas Viver Legal, Maryvania Queiróz, a iniciativa do curso é reflexo da confiança que a comunidade vem depositando nos centros de referência e no trabalho da secretaria. “A formação é necessária porque a gente sempre tem preconceitos para desconstruir. Este lugar é uma oportunidade de a gente se reavaliar e ter um posicionamento melhor e mais efetivo frente ao combate a violência em geral”.