Saúde presta assistência especializada às pessoas com Síndrome de Down

Saúde
21/03/2017 11h54

Terça-feira, 21 de março, Dia Internacional da Síndrome de Down. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) aproveita a data para destacar a assistência especializada promovida a crianças e adultos com Síndrome de Down, da capital e interior, com vistas a tornar o serviço ainda mais conhecido e assim ampliar o número de usuários.

A SMS oferece tratamento no Centro de Especialidades Médicas da Criança e do Adolescente (Cemca), no Centro Especializado de Reabilitação (CER II) e a manutenção é no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf).  Para o secretário municipal de Saúde, André Sotero, a criança quando nasce com Síndrome de Down precisa de cuidados especiais para desenvolver habilidades.

“O mais importante de ter uma data alusiva à Síndrome de Down é a conscientização das pessoas. Quando o diagnóstico é realizado durante a gravidez é melhor, porque dá tempo de a família se preparar, pois os profissionais podem orientar como lidar. Mas a maioria só tem o diagnóstico após o nascimento. E pode ser encaminhado ao Cemca, que tem várias especialidades, e ao CER II, porque se estas crianças forem estimuladas de maneira precoce elas podem desenvolver habilidades para poder trabalhar, tocar instrumentos musicais, enfim ser inseridas de uma maneira mais ativa.”, explicou o secretário.

O Cemca tem diversos especialistas como geneticistas, neurologistas, cirurgião pediátrico, cardiologista, pneumologista, enfermeiros, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, entre outras especialidades. “Em breve também será disponibilizado a odontologia pediátrica, estamos nos preparando para isso”, informou André Sotero.

O CER II disponibiliza para crianças com Síndrome de Down fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicologia para as mães. “Quando a família descobre ainda é um choque, no entanto, atualmente a síndrome não é tão rara e limitante, só tem pequenas limitações que quando vai estimulando, vai melhorando. Hoje no CER II existem 21 pessoas com a Síndrome de Down em tratamento, elas são oriundas não só da capital, como do interior de Sergipe também”, esclareceu Mylena Amaral Melo, gerente do CER II. Ela acrescentou que o Centro Especializado de Reabilitação é o CER II porque é para reabilitação física e intelectual.

Fluxo

Quando se descobre na gravidez que a criança tem Síndrome de Down, a unidade de saúde deve notificar e o pré-natal é realizado em parceria com o setor de gestantes de alto risco do Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar) Siqueira Campos e as unidades básicas de saúde. Após o nascimento, a criança é encaminhada ao Cemca e ao CER II. No Cemca são realizadas as consultas e no CER II as terapias. De acordo com a gerente Mylena Amaral, o tratamento é realizado em torno de três anos, dependendo de cada caso. “Depois eles são encaminhados para o tratamento de manutenção no Nasf”, completou a gerente.

A criança Ricardo Manoel Santos da Silva, 3 anos, faz o tratamento no CER II há dois anos. “Ele não andava, depois que fez a cirurgia cardíaca e iniciou o tratamento aqui, ele melhorou muito. Já anda e vem melhorando a fala com o acompanhamento da fonoaudióloga daqui”, disse Cícero Ricardo Constantino dos Santos, avô do menino.