Defesa Civil trabalha há 100 dias sem parar

Defesa Social e Cidadania
10/04/2017 06h00

Atuar na prevenção, preparação, resposta e reabilitação das áreas de risco e possíveis casos de desastres naturais. Esse é o objetivo da Defesa Civil de Aracaju, um dos órgãos reestruturados pelo prefeito Edvaldo Nogueira nesses 100 primeiros de gestão. Sob a coordenação do tenente-coronel Gilfran Mateus, o plano de contingência já foi atualizado e a Defesa Civil está preparada para atender qualquer emergência.
 
De acordo com o tenente-coronel Gilfran Mateus, a preocupação inicial foi com as chuvas. Por isso, o plano de contingência foi revisto e atualizado. Ele será válido para o período chuvoso de 2017, que começou em abril e segue até agosto. "Esse plano estabelece as atribuições de cada órgão da Prefeitura e do Estado no momento de chuvas. No momento que for necessário acionar, todo mundo atua em conjunto", informou.

Estrutura

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, outra preocupação foi com a parte estrutural do órgão. Ao assumir, o tenente-coronel Mateus o encontrou sem viaturas, sem telefone e com poucos servidores. “Hoje nós temos três viaturas e duas caminhonetes, que estão dando esse atendimento quando tem necessidade de chamados”, disse.

Em relação à equipe de trabalho também houve uma ampliação, o que possibilita um melhor atendimento à população, e a implantação de alguns projetos.  “Quando nós chegamos aqui, de pessoal existiam dois fiscais de urbanismo, uma secretária e cinco estagiários. Hoje nós já conseguimos um engenheiro civil, um engenheiro elétrico, uma assistente social”, destacou o tenente-coronel Gilfran Mateus.

Já no que se refere à comunicação, o coordenador da Defesa Civil informou que nesse momento o contato está sendo feito por meio do 193, que é o telefone do Corpo de Bombeiros. “Já mantivemos contato com a Guarda Municipal de Aracaju (CMA) e vamos ativar o número 199, que é o número de emergência da Defesa Civil. Esperamos que até o próximo mês o 199 esteja em funcionamento”, destacou.

Novidades

A reestruturação da Defesa Civil está possibilitando a implantação de alguns projetos, como a criação de uma rede de redução de risco de desastres, que vai trabalhar basicamente a rede preventiva do órgão. “Esse projeto visa a implantação de núcleos de apoio comunitário da Defesa Civil nas comunidades que são áreas de risco. É um projeto que a gente vai lançar em alguns dias. Além desse, a gente tem o projeto ligado às escolas para criar uma cultura de Defesa Civil e, dentro dessa rede de relacionamento, a gente vai trabalhar todas as ações relacionadas com prevenção”, adiantou o tenente-coronel.

Outra novidade é a implantação do Plantão da Defesa Civil, fundamental para que os chamados emergenciais tenham atendimento imediato. “A gente terá uma equipe de sobreaviso, que irá fazer a intervenção em qualquer horário e sempre que houver necessidade e, até mesmo no final de semana. Teremos plantão com técnico, engenheiro e motorista com viatura. Isso também é uma atividade que a gente vai estar implementando em alguns dias”, contou o coordenador.
 
Áreas de risco

Com a atualização do plano de contingência, a Defesa Civil realizou o monitoramento de toda a cidade e mapeou todas as áreas de risco, que estão sendo acompanhadas de perto pelos fiscais do órgão. Atualmente, essas áreas são divididas em três tipos: de alagamentos (locais que ficam cheios de água quando chove, por não existir escoamento suficiente), de inundação (localizadas às margens de rios, possibilitando que casas sejam invadidas por água quando o rio não suporta a grande quantidade de chuva) e de encostas (regiões com riscos de deslizamentos).

Em Aracaju, os riscos estão  relacionados principalmente com o excesso de chuva e com as condições da maré.  “A quantidade de chuva é o que geralmente ocasiona o maior problema. No caso da maré, a problemática é devido a água dos rios irem para vários canais da cidade. Quando a maré está um pouco mais alta, gera uma dificuldade”, afirmou o coordenador da Defesa Civil.

Segundo ele, o problema maior é justamente quando essas duas situações coincidem. “Quando se fala em situações de emergência, o maior risco é quando alia maré alta e chuvas intensas. É nesse momento em que o plano de contingência entra em ação para que ninguém tenha maiores problemas”, explicou.

Prevenção

Diariamente, os técnicos da Defesa Civil monitoram as condições climáticas e, em caso de chuva, recebem alertas do Centro Nacional de Gerenciamento de Desastres (Cenad), do Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres (Cemaden) e do Centro de Meteorologia do Estado. “Nós temos todo o sistema preventivo em ação durante a normalidade e, qualquer evento anormal que venha ocorrer, a gente é avisado, colocando o plano de contingência em ação. Enviamos alertas à imprensa e aos Cras, que fazem os avisos nas comunidades mais carentes”, disse Mateus.
 
Para o coordenador da Defesa Civil, apesar do pouco tempo, a avaliação do período à frente do órgão é positiva. “Já fizemos boas transformações, em termos de equipe, condição de viaturas e aquisição de materiais. A tendência é que melhore ainda mais”, finalizou tenente-coronel.