Gestores da saúde utilizam sétima arte para debater políticas de humanização do SUS

Saúde
20/04/2017 19h39

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio do Núcleo de Projetos Inovadores (Nuprin), realizou na tarde desta quinta-feira, 20, a segunda edição do Projeto "CineSUSgestão".  O evento, em parceria com a Funcaju, através do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira,  aconteceu no auditório do Centro Cultural Aracaju, localizado na praça General Valadão, no Centro. Desta vez o filme exibido foi o documentário brasileiro "Tarja Branca", que faz uma crítica aos remédios tarja preta mostrando como as atividades lúdicas e as brincadeiras podem ser a cura para muitos males do mundo moderno.

O objetivo do "CineSUSgestão" é utilizar o cinema como dispositivo para que os gestores possam discutir os serviços oferecidos aos usuários do Sistema Único de Saúde . Os filmes servem como gatilhos para as rodas de conversa entre os profissionais da saúde. "A ideia é que a partir das temáticas exibidas, a sétima arte possa sugerir caminhos possíveis para ampliação da clínica, processos de gestão, acesso e qualidade dos serviços", explicou o  coordenador do Nuprin, Murilo Andrade. Ele ressalta ainda que as exibições vão acontecer mensalmente, sempre com temas que possam contribuir com o fortalecimento das políticas públicas. "Já temos uma experiência bem sucedida, que é o Curta SUS, e esperamos que esse novo projeto possa trazer os  gestores para um debate amplo das políticas de Educação Popular em Saúde e de Humanização em Saúde".             

O projeto é também uma iniciativa para motivar e  integrar os gestores. Para a coordenadora de Promoção à Saúde, Kátia Aragão, a escolha do filme "Tarja Branca" para a sessão de hoje foi bastante pertinente, já que este é o mês em que se comemora o Dia Mundial da Saúde. "O filme mostra a brincadeira, a arte, as músicas e a cultura popular como elementos estruturantes de promoção da saúde. São formas de viver a vida que trazem felicidade para as pessoas e consequentemente menos doenças e uma melhor qualidade de vida".

Emocionada com o documentário, a apoiadora de saúde, Maria das Graças Nunes, fez questão de falar para todos os presentes sobre a experiência vivenciada nesta tarde. "Tenho certeza que esse filme tocou fundo o coração de todos aqui porque ele retrata a nossa infância. Eu me lembrei de todas as minhas travessuras de criança e isso me fez refletir em quanto a gente hoje em dia proíbe os nossos filhos de brincarem e serem livres. Essa mensagem vai servir para eu mudar de comportamento não só dentro de casa, mas também no meu trabalho, no modo de agir, de tratar e de acolher as pessoas", enfatizou .