Na manhã desta segunda-feira, 26, a Prefeitura de Aracaju recebeu uma comissão formada por seis categorias da saúde. Com o objetivo de apresentar a solicitação dos servidores municipais, representantes dos farmacêuticos, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e teraupeutas ocupacionais, foram recebidos pelos secretários de Planejamento e Gestão (Seplog), Augusto Fábio Oliveira, de Saúde (SMS), Waneska Barboza, e da Fazenda (Semfaz), Jeferson Passos.
A comissão pleiteia uma isonomia salarial com a categoria mais próxima, o que equivale a aproximadamente 50% de reajuste dos salários. “A reivindicação é para equiparação com os assistentes sociais de laboratório. Diante do déficit de cinco milhões mensais que temos, deixados pela gestão passada, não tivemos condições de dar a reposta no momento. Iremos fazer um estudo de impacto financeiro e conversar novamente com eles. No próximo encontro, pretendemos apresentar esse impacto e negociar, caso haja possibilidade”, explica a secretária interina da Saúde de Aracaju, Waneska Barboza.
De acordo com o secretário da Fazenda, ficou acordado que até o dia 20 de julho será realizado um novo encontro para que as secretarias de Planejamento e Saúde apresentem os estudos acerca do pleito dessas categorias. “Fizemos uma exposição acerca da necessidade desses estudos, também expusemos as dificuldades financeiras do município e as medidas que já foram adotadas para voltarmos ao equilíbrio. Mas que, ainda assim, existe um déficit de financiamento da saúde, já que o município não vem recebendo novos aportes do Governo Federal e que quase a totalidade dos recursos do tesouro recebidos são gastos com pagamento de folha”, afirmou Jeferson Passos.
O secretário Augusto Fábio ressalta que toda decisão dessa natureza deve obedecer ao que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. “A legislação estabelece que todo reajuste deve ser acompanhado de um prévio estudo do equilíbrio atuarial e financeiro do regime próprio de previdência. Bem como, as condições financeiras do tesouro municipal em honrar os compromissos com os servidores ativos e inativos”, afirma.
“Estamos buscando essa equiparação salarial, perante uma tabela que já existe, e contempla outras categorias. Acredito que passamos na reunião o que realmente queremos. É uma luta antiga e eu acredito que agora a gente vai conseguir. A gestão está mais aberta para tentar a resposta que queremos”, acredita Graziela Andrade, coordenadora do Sindicato de Nutricionistas do Estado de Sergipe (Sindinutrise).
A vice-presidente do Sindicato dos Psicólogos do Estado de Sergipe, Inês Santana, considerou válida a abertura e o diálogo promovidos pela administração municipal. “Apesar de não ter uma resposta positiva, pelo menos não tivemos uma resposta negativa. Os secretários abriram a possibilidade de estudar a situação. Eles de fato compreendem a necessidade de equiparar e nós entendemos que não é apenas uma questão de querer, é preciso que a Prefeitura avalie a realidade financeira do município”, afirma.
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