Educação promove diálogo sobre Violência de Gênero

Educação
20/07/2017 16h40

A educação não se restringe a um muro de uma instituição, o debate sobre a violência contra a mulher 'A misoginia', mostrou que o assunto tem que estar presente nas escolas e em todas as instituições públicas e civis. Foi pensando nisso que a Secretaria Municipal da Educação (Semed) promoveu a 'Roda de Conversa sobre Violência de Gênero', em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, na manhã desta quinta-feira, 20, no auditório da Faculdade de Negócios de Sergipe (Fanese).

A secretária da Educação, professora Maria Cecília Leite, participou  do encontro e explicou que a proposta da Semed é transformar o debate sobre o gênero e sobre a violência contra a mulher em uma nova proposta pedagógica para as escolas. “A expectativa é aprofundarmos esse debate para levarmos essas questões a uma discussão mais ampla, para uma política pedagógica transversal nas escolas, pois é investindo na base que nós vamos mudar e construir um futuro diferente, com menos desigualdade”, afirma.

A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Adélia Moreira Pessoa, destacou a importância da Semed estar comprometida em levar as discussões concernentes aos direitos humanos e, principalmente, o combate à violência de gênero para as salas de aulas. “Hoje nós estamos construindo um novo momento, o objetivo dessa reunião é discutirmos a construção de um futuro diferente, é fundamental que a Semed esteja comprometida em levar uma nova política pedagógica para a sala de aula baseada no combate à violência de todas as formas, e principalmente a violência contra a feminilidade, por isso nós estamos todos muito felizes”, ressalta.

Baseado nas discussões presentes na roda, o diretor de Educação Básica da Semed, Manuel Prado, afirmou que a inclusão do debate de gênero na escola é uma saída para a realidade de exclusão social que o Brasil vive atualmente. “As pessoas precisam ser preparadas para discutirem as questões das violências contra as mulheres, as transexuais, a pessoa negra. Precisamos colocar em ação estratégias que sirvam para que essas falas cheguem aos seus públicos-alvos. Com esse conteúdo sendo apresentado nas escolas, é estar na base social. Estamos empenhados em colocar isso em prática da forma mais ampla possível”, informa.

Entre os presentes, estava a professora Linda Brasil, representante da Associação e Movimento Sergipano de Transexuais e Travestis (Amosertrans), que chamou atenção sobre a importância de ações como essas serem cada vez mais presentes nas instituições públicas e privadas. “Esse é um assunto que precisa ser falado, precisamos falar sobre a violência contra as mulheres, pois sabemos que essa é a base de todas as formas de preconceito, então esse é um espaço muito importante para investirmos em uma mudança social”, explica.

A representante da Secretaria Municipal da Assistência Social, Lídia Anjos, participou da mesa de abertura do evento, além dela estiveram presentes representantes do Sindicato do Sindicato dos Profissionais do Ensino de Aracaju (Sindipema), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Fanese e da Universidade Federal de Sergipe (UFS).