A infância deveria ser uma fase da vida onde cada criança pudesse aproveitar ao máximo o tempo das descobertas e chegada ao mundo. Brincar, pular, conhecer e provar sensações. Sentidos a postos para absorver experiências e um universo de possibilidades. Mas, infelizmente, essa não é a realidade de muitos meninos e meninas que têm seus direitos violados e que chegam aos abrigos mantidos pela Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Assistência Social.
A fim de amenizar os impactos causados por estes traumas e com a intenção de proporcionar momentos de lazer e integração social, a Coordenação da Proteção Social Especial da Assistência realizou na tarde desta quarta-feira, 2, junto às crianças do Abrigo Sorriso, um passeio ao Museu da Gente Sergipana. Oportunidade de conhecer mais a própria cultura e a própria história.
“Sair com as crianças e mostrar o mundo fora do abrigo é fazer com que eles entendam que há muito o que descobrir. Essas saídas são de extrema importância pela oportunidade da socialização. Eles conhecem outras pessoas fora do local onde estão abrigados, além de aprenderem muito mais sobre a vida e a história do local onde nasceram e estão sendo criados”, destacou a pedagoga do Abrigo Sorriso, Denise Pereira.
A pedagoga ainda ressaltou que atividades como estas não eram vistas na gestão passada, deixando crianças e adolescentes à mercê de um duplo abandono: o da família e o do poder público. “Eu estou neste abrigo desde fevereiro e desde então não tinha visto nas outras administrações o cuidado que há atualmente. Hoje o abrigo é outra coisa, tem uma nova cara, o tratamento para esses meninos é diferente”.
G.M, 10 anos, se encantou com o passeio e com tudo que viu. “Eu gostei muito de falar com o feirante da televisão que queria me vender uma garrafinha. Eu disse que pagaria um real, ele me chamou de mão de vaca e eu dei risada! Depois fiquei na frente de um espelho grandão, onde apareceu uma roupa de reisado e eu fiquei dançando. Aprendi muita coisa sobre minha terra e adorei o passeio. Com certeza foi o meu preferido até hoje. Um dos melhores dias da minha vida!”, afirma.
Fotos: Danillo França
A pedagoga Denise Pereira
