NPD é beneficiado com mais de R$ 250 mil em equipamentos pelo Ministério da Cultura

Cultura
07/08/2017 16h29

Ao "cortar na carne" as despesas e reduzir custos, a Prefeitura de Aracaju tem como principal objetivo arrumar a casa. E, quando se fala em arrumar a casa, inclui-se todos os setores. Além de retomar obras que estavam paradas, colocar em dia o salário do servidor, regularizar a coleta e limpeza da cidade e também os remédios nos postos de saúde, bem como aumentar o número de alunos nas escolas e melhorar a merenda escolar, a gestão também trabalha para recuperar as ações culturais da capital. Assim, mais uma vez através de esforços, conseguiu um investimento de mais de R$250 mil em equipamentos de última geração para o Núcleo de Produção Digital (NPD).

Inaugurado em 2006, ainda na primeira gestão de Edvaldo Nogueira, o núcleo, que é um dos grandes expoentes do audiovisual do estado, permaneceu esquecido nos últimos quatro anos e, somente agora, está retomando os anseios para os quais foi idealizado. Dessa forma, graças a uma parceria com o Ministério da Cultura, foi possível angariar o investimento em equipamentos.

O prefeito Edvaldo Nogueira sempre entendeu a necessidade de fomentar a cultura do estado, por meio do núcleo, como forma de expressar que Aracaju não é só feita de belezas arquitetônicas e naturais, mas que sua gente sabe potencializar isso por meio da arte, no caso, o audiovisual.  "Eu criei o NPD com tudo do bom e do melhor. Não economizei para fazer com que o núcleo fosse o que ele representou. E é agora, novamente na minha gestão, que o espaço volta a ter sua função para a cena audiovisual. Encontramos um núcleo sucateado, com produções suspensas porque os equipamentos que adquirimos em 2006 ficaram praticamente parados nos últimos quatro anos e, com isso, ficaram defasados ou simplesmente deixaram de funcionar. Investir na cultura é um dos nossos objetivos também. Se estamos em um momento de crise, ainda arrumando a casa, procuramos investimentos através de parcerias, como fizemos. E já deu resultado", destacou Edvaldo.

Criado por meio do programa federal Rede Olhar Brasil, além de fomentar a produção independente de Sergipe, o Núcleo de Produção Digital foi instituído para capacitar novos realizadores para o audiovisual, requalificar os que já estavam no mercado e promover a inclusão digital de jovens. Com o investimento conquistado, agora, voltará a seguir o rumo ao qual foi destinado.

Para o presidente da Fundação Municipal Cidade de Aracaju (Funcaju), Sílvio Santos, o acordo de cooperação técnica, firmado com o Ministério da Cultura, é um enorme avanço no projeto de reestruturação do núcleo. "O acordo nos permitiu a cessão de um conjunto importante de equipamentos para o NPD, que é uma das conquistas da primeira gestão de Edvaldo Nogueira. Com esses equipamentos de última geração, o NPD passa a atuar novamente como um pólo formador de técnicos e artistas da área audiovisual", afirmou.

A conquista do investimento veio por intermédio da coordenação do NPD.  "O Núcleo em essência é um espaço de formação. Daí, começamos a procurar parcerias. Fui até Brasília para conversar com Mariana Ribas, que é a atual secretária de Audiovisual do Ministério da Cultura, e ela disse que tinha um projeto que era de equipamentos, mas que eles achavam que não tinha mais nenhum núcleo em funcionamento no Brasil. Nós, então, demonstramos total interesse. Receber esses equipamentos é um marco. Com eles vamos voltar a ser o que éramos. A partir desses equipamentos, daremos início a uma série de cursos continuados para democratizar, cada vez mais, o NPD. Com isso, ganhamos a possibilidade de fazer com que o núcleo tenha a dimensão que ele nasceu para ter", contou a coordenadora do NPD, Ana Carolina Westrup, acrescentando que o informe sobre a contemplação chegou no início de julho.

 

Cursos

Inicialmente, a ideia é que sejam ofertados dois cursos para capacitar as pessoas a utilizar os novos equipamentos que serão do NPD, mas poderão ser emprestados para qualquer realizador audiovisual que queira fazer uso. "Estamos querendo oferecer dois cursos de direção de fotografia. Depois, a nossa ideia é formar um calendário continuado de cursos para que possamos aproveitar os equipamentos ao máximo", afirmou a coordenadora do núcleo.

Ainda segundo Carolina, a ideia também é ofertar alguns cursos avançados, direcionados para os profissionais que se formaram em 2006 e que precisam dar uma continuidade. "A ideia é ofertar, sempre, um curso avançado e outro iniciante para que possamos nos adequar. Entendemos que o audiovisual não pode ter caráter elitizado, a gente tem que democratizar o acesso dos bens culturais e, para que as pessoas, principalmente os jovens, gostem de cinema é preciso fazer cinema. E é o núcleo que tem que ser um pólo potencializador  disso", afirmou.