"A Vigilância em Saúde é um segmento importante dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Suas ações são muito abrangentes que vão desde o consumo de alimentos à fiscalização da produção e venda destes alimentos passando pelos serviços de saúde e serviços hospitalares, tanto públicos quanto privados, até o controle de vetores e a proteção de epidemias. Trata-se então de algo que devemos zelar e cuidar da melhor forma possível". Com esta definição da secretária adjunta municipal da Saúde, Ana Débora Santana, foi aberta na manhã desta segunda-feira, 21, a 1ª Conferência Municipal de Vigilância em Saúde de Aracaju, no auditório da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Presidente Vargas, no Siqueira Campos.
Para a secretária adjunta da Saúde, é muito importante que a comunidade, através de trabalhadores, gestores e usuários do SUS, se reúna para pensar ações e avaliar atividades desenvolvidas pela Vigilância no município. "Nossa expectativa é que tenhamos muito sucesso nessa conferência e que as deliberações aqui surgidas venham contribuir para que melhoremos as nossas ações", enfatizou Ana Débora.
Taíse Cavalcante, diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), e integrante da comissão organizadora da conferência, acredita que o evento, que segue até a próxima sexta-feira, 25, terá fundamental importância na construção de ações para os próximos anos. "Cada dia vamos discutir um dos subeixos da etapa nacional que servirá para a construção da política pública de Vigilância em Saúde e também nos ajudará na confecção do Plano Municipal de Saúde de Aracaju, que terá a duração de quatro anos", frisou Taise.
Lugar da Vigilância em Saúde
A Conferência tem como tema central "Vigilância em Saúde: Direito, Conquistas e Defesa de um SUS Público de Qualidade" e o eixo principal: "Política Nacional de Vigilância em Saúde e o fortalecimento do SUS como direito à Proteção e Promoção da Saúde do povo Brasileiro". Nesta segunda-feira, a professora da disciplina de Saúde do Trabalhador do curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Tereza Raquel de Sena, discursou sobre o subeixo "O Lugar da Vigilância em Saúde no SUS".
"A ideia é pensar nestes quatro pilares: saúde do trabalhador, ambiental, sanitária e epidemiológica. Que lugar é esse? O que eu posso fazer pelo SUS? E não só querer saber o que o SUS pode fazer por mim. O pensamento foi trazer uma reflexão do que a gente pode fazer junto com as quatro vigilâncias. Conhecer o que o outro faz, trocar experiências e juntos fazermos uma coisa mais concreta, mais eficaz para nossa cidade", disse a professora Tereza.
Depois da palestra houve um debate sobre o tema de hoje, um trabalho em grupos e a elaboração de propostas relativas a este tema. Nessa terça-feira, 22, o subeixo a ser discutido será "Responsabilidades do Estado e dos governos com a vigilância em saúde", e o palestrante é o médico infectologista da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Marco Aurélio de Oliveira Góes. A mesa de abertura foi composta por Ana Débora Santana, secretária adjunta, por Dalmare de Sá, coordenador da Rede de Atenção Psicossocial da Diretoria de Atenção à Saúde (DAS), por Taíse Cavalcante, diretora da DVS e por José Augusto Couto, presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS).
