A comunicação é fundamental para o desenvolvimento de qualquer sociedade. Juntas, a língua falada, escrita e de sinais possibilitam que as pessoas se entendam. É buscando dar acessibilidade aos serviços oferecidos Secretaria Municipal da Assistência Social que 15 trabalhadores da pasta participaram, na manhã desta segunda-feira, 9, de um curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras), oferecido pela Secretaria de Estado da Educação (SEED), na Escola Estadual 11 de Agosto.
O curso de Libras, que é ministrado de forma gratuita e conta com 15 encontros presenciais, tem o objetivo de formar multiplicadores da língua. Para Tálita Cavalcante dos Anjos, coordenadora do Centro de Capacitação e Atendimento a Pessoas com Surdez de Sergipe (CAAS), atender à solicitação da vice-prefeita e secretária Eliane Aquino na formação de pessoas estratégicas na equipe de trabalho é extremamente importante. "Eu costumo falar que aprender Libras é importante para todas as pessoas, mas quando nós falamos de uma área que trabalha diretamente com pessoas que tem diversos tipos de deficiência, como é o caso da Secretaria de Assistência, essa necessidade se torna ainda maior, então nós ficamos bastante satisfeitos quando encontramos esse olhar sensível por parte da gestão municipal".
Murillo Oliveira é coordenador de políticas públicas para pessoas com deficiência de Aracaju. Ele acredita que através dessa capacitação as pessoas poderão ser atendidas cada vez melhor nas unidades mantidas pela Assistência. "Nós precisamos trabalhar na humanização constante do nosso pessoal, para que eles saibam lidar com as diferenças. Quando uma pessoa surda chegar até algum de nossos espaços é preciso que ela seja entendida e que seja recebida de forma confortável. A inclusão passa justamente esse ponto. Além disso, é muito importante quando nós podemos contar com a parceria de outra secretaria, como é o caso da Educação de Aracaju. Dessa forma podemos avançar horizontalmente e expandir o conhecimento da língua de sinais a muito mais pessoas, o que dialoga diretamente com a Aracaju inteligente, humana e criativa que queremos", afirma.
A educadora social do Centro DIA, Maria Bethânia Cardoso Lopes, já se comunica em Libras há alguns anos e foi participar do curso para se reciclar e colocar em prática o aprendizado. "Eu quero ser uma multiplicadora da língua de sinais e esse foi um dos motivos porque eu vim participar do curso. A necessidade de capacitação é real e ela vem para nos ajudar na nossa rotina. Lá no Centro DIA nós recebemos pessoas que tem as mais diversas deficiências, inclusive a auditiva. Sendo assim, precisamos estar sempre preparados para dialogar de forma clara. Mas, para além do trabalho dentro do equipamento da Assistência, eu levo essa capacitação para a minha vida, para que eu possa ajudar as pessoas no processo de inclusão".
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