Atividade estimula integração entre crianças e idosos do Cras Madre Tereza de Calcutá

Assistência Social e Cidadania
18/10/2017 12h01

A troca de experiências é motivo de grande aprendizado para idosos, crianças e adolescentes, principalmente quando o assunto é se divertir. Como forma de fortalecer vínculos e criar um clima harmonioso entre as gerações, foi realizada na manhã desta quarta-feira, 18, no Cras Madre Tereza de Calcutá, uma oficina de brinquedos intergeracionais. 

Para além de uma brincadeira entre pessoas das mais diversas idades, o conceito trabalhado durante a oficina foi o respeito aos mais velhos. “Mensalmente promovemos atividades como estas porque eles convivem aqui no mesmo espaço onde moram, que é o Largo da Aparecida. Em nossa sociedade existe uma cultura de afastamento entre os mais novos e os mais velhos e incentivar o diálogo e a aproximação já tem dado resultado, pois as crianças já mudaram até a postura, que ficou mais gentil e doce”, destacou a coordenadora do Cras, Aldrey Karine de Oliveira. 

Materiais reciclados a postos, tesoura sem ponta, fita crepe, um pouco de barbante e duas ideias de brinquedos executadas a várias mãos: vai-e-vem e bilboquê. De acordo com a educadora social, Brunna Morais, é somente através dessa aproximação a convivência será estimulada pois há uma diferença muito do próprio tempo que os idosos viveram quando pequenos e as crianças vivem agora. Inicialmente sempre há uma bagunça, porque os mais velhos têm resistência com as crianças porque há um estigma de que elas não obedecem. mas no decorrer da oficina, você percebe que eles se integram e contribuem uns com os outros”.

Longe dos notebooks, smartphones e videogames, Mateus Santos, de 9 anos, curtiu bastante a iniciativa. “Em casa eu fico jogando no celular, vendo vídeos no Youtube e falando com minha família no whatsapp. Aqui eu estou aprendendo a fazer estes brinquedos e também que quando eu ficar velho, vou ficar igual a eles. Então, eu tenho que respeitá-los”.

A pensionista Maria Rosa Nascimento tem 73 anos e, no entendimento dela, muita disposição para brincar e aprender. “A gente ensina eles a se divertirem com quase nada e eles ensinam a gente a mexer nas tecnologias. Todos ganham”.