Plano Municipal de Saúde para os próximos quatro anos é apresentado ao CMS

Saúde
23/11/2017 17h20

Os gestores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apresentaram, na manhã desta quinta-feira, 23, o Plano Municipal de Saúde (PMS), instrumento que norteará os compromissos firmados na gestão durante os próximos quatro anos, ao Conselho Municipal de Saúde (CMS). Esta etapa de conclusão está dentro dos prazos da legislação imposta pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo realizada de forma democrática, ética e participativa.

Segundo a diretora da Assessoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, Sayonara Carvalho, Aracaju finalmente voltará a ser gerida com base em planejamentos estratégicos. “Tivemos um trabalho intenso nos últimos meses, com foco no programa de governo do prefeito Edvaldo Nogueira, no Planejamento Estratégico da Prefeitura de Aracaju, no Plano Plurianual e nas políticas prioritárias do SUS. A sensação de dever cumprido nos remete à tarefa de resgatar um Planejamento na atual gestão, a fim de seguir na caminhada da reconstrução da Saúde, tornando Aracaju uma cidade inteligente, humana e criativa”, comemorou.

Sayonara explica ainda que a construção do PMS foi realizada por partes, levando em conta cada detalhe do atual cenário da Saúde na Capital. “Nós construímos esse Plano de forma participativa, e em várias etapas. No dia 6 de junho, iniciamos as oficinas do planejamento estratégico com o grupo de trabalho, depois fizemos a análise da situação de saúde, elaboramos as metas, partimos para as oficinas com as áreas técnicas, e depois analisamos a viabilidade orçamentária, pois não adianta planejarmos ações e não termos o dinheiro suficiente para colocá-las em prática. Então foi tudo muito bem estudado, sempre com o acompanhamento da comissão deste Conselho, pois o fortalecimento do controle social e gestão participativa é uma das nossas diretrizes”, detalhou Sayonara.

Apresentações por áreas

O PMS foi apresentado pelos gestores das áreas técnicas, focando nas ações, em seus respectivos indicadores, nas metas e prazos, e revelando os responsáveis por cada execução. A coordenadora da Rede de Atenção Primária (Reap), Monalisa Fonseca, iniciou a apresentação detalhando a composição estrutural da sua pasta. “Hoje nossa Rede é integrada por 44 unidades básicas, com 127 equipes de Saúde da Família e 69 de Saúde Bucal; nove Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf); um Consultório de Rua, e 24 polos do Programa Academia da Cidade”, relatou. Entre as ações planejadas pela Reap estão: a construção da unidade de saúde 17 de Março e da USF Elisabeth Pita; o remapeamento do território; a intensificação das ações dos agentes comunitários de saúde; a redução da mortalidade materna, fetal e infantil, e a implantação da linha de cuidado em obesidade.

Sobre a Rede de Atenção Psicossocial (Reaps), o coordenador Dalmare Sá disse que é prioridade no Plano a qualificação da Atenção Psicossocial. “Precisamos qualificar os trabalhadores da Rede quanto ao cuidado em Saúde Mental, com as pessoas em situação de crise, além do cuidado com nossos próprios profissionais. Também planejamos aumentar para 26 o número de leitos psiquiátricos no Hospital Universitário e de Cirurgia, e ampliar a Assistência Farmacêutica, para melhorar o processo de dispensa de medicamentos psicotrópicos em cada Região de Saúde, garantindo assim os medicamentos e insumos básicos, responsáveis por suprir os serviços das redes de Atenção à Saúde”, explanou.

A coordenadora da Rede de Urgência e Emergência, Genisete Pereira, informou que uma das prioridades no planejamento para esta área é a implantação do protocolo de classificação de risco. Ela ainda explicou que as duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Aracaju são, na verdade, hospitais de pequeno porte (HPPs), e se configuram nesta classificação por possuírem leitos de internamento (15 pediátricos no Fernando Franco, e 12 adultos no Nestor Piva).

Já a coordenadora da Rede de Atenção Especializada, Maria Auxiliadora Brito, falou sobre a qualificação dos serviços e do planejamento para os Centros de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar), bem como para o Centro de Especialidades Médicas da Criança e do Adolescente, e para o Centro Especializado de Reabilitação, Tipo II.

A diretora de Vigilância em Saúde, Taise Cavalcante, esclareceu que sua diretoria está dividida em quatro áreas de atuação: Sistema de Informações de Vigilância em Saúde; Vigilância Epidemiológica; Vigilância Sanitária e a Rede de Atenção à Saúde do Trabalhador. “No PMS existem 17 ações relacionadas à nossa diretoria, algumas contempladas na última Conferência Municipal de Vigilância em Saúde, como a integração das ações de Vigilância com a Reap, e o fortalecimento do observatório de Saúde dos trabalhadores, por exemplo”, declarou.

Transparência

O Conselho Municipal de Saúde é formado por três segmentos: usuário (50%), trabalhador (25%) e gestor (25%). Para o conselheiro do segmento usuário, José da Cruz, tudo foi apresentado com transparência e de forma detalhada. “Para ter uma cidade que proporcione qualidade de vida, temos que começar assim, com conhecimento técnico, coerência e transparência. Parabenizo a gestão que construiu este plano, respeitando as diretrizes da Conferência Municipal de Saúde, realizada há dois anos. Isso mostra que a participação social faz parte desta gestão”, opinou.