O Fórum Diálogos Urbanos, realizado pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seminfra), no último dia 29, foi um sucesso. O tema ‘Acessibilidade e Obras Públicas’ atraiu engenheiros, arquitetos, docentes, profissionais e a sociedade, que aprovaram e destacaram a importância do evento.
A professora de projetos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tiradentes, Roseni Albuquerque Matos, ressaltou a importância da presença de professores e alunos no evento.
“A gente veio com expectativa, alunos e professora, de aprender um pouco sobre acessibilidade, principalmente em obras públicas e em espaços urbanos. Às vezes não fica muito claro para nós exatamente como deve ser, que legislação específica a gente deve usar. Acho que tanto esse evento de acessibilidade é importante, como também qualquer evento relacionado a própria legislação, porque até na academia como professores, surgem dúvidas sobre esse assunto e esse esclarecimento é importante”, enfatizou.
Cristina Santos, palestrante no evento e turismóloga, destacou a necessidade de debates e discussões que viabilizem a prática.
“Como é o primeiro evento falando sobre esse tema, a acessibilidade na cidade de Aracaju, eu acho importante, porque dessa forma vão abrir portas para que outras áreas dialoguem e discutam também. Já falamos muito sobre a acessibilidade, e precisamos de aplicabilidade, ver como essas falas influenciam no dia a dia, na realidade das pessoas. Então agora precisamos que essas normas e fiscalizações estejam efetivamente na sociedade e nos espaços públicos. E isso vai dar uma vida melhor para os moradores da cidade e de quem chega aqui. A acessibilidade é o direito de ir e vir de qualquer cidadão, seja ele Pessoa com Deficiência ou não”, opinou.
O arquiteto e urbanista Elber Andrade trabalha com construtoras e empreendimentos. Para ele, a proposta da abertura de debates com a sociedade foi significativa.
“É muito interessante aprender ainda mais sobre acessibilidade. Para quem trabalha com empreendimentos é importante entender como as pessoas vão se locomover, principalmente pensando realmente nas pessoas com deficiência. Esses diálogos vão agregar bastante para a gente que trabalha com ambientes e com essa questão da inclusão e acessibilidade. Entender um pouco mais a questão de normas, porque elas sempre vão mudando e se atualizando, então é muito importante para nós nos atualizarmos também”, ressaltou.
Para Manoela Nascimento, servidora da Secretaria Municipal da Fazenda (Semfaz), a iniciativa dos gestores públicos em trazer à tona esse diálogo com a população faz com que a cidade seja um ambiente mais democrático.
“Esse tipo de iniciativa é que vai fazendo o trabalho da Prefeitura se tornar mais transparente e mais democrático, trazendo não só a experiência que a prefeitura tem para resolver os problemas, mas também ouvindo as pessoas que são diretamente afetadas ou vivem e precisam dos serviços que a gestão municipal oferta. Então, como no evento aqui, colocaram a perspectiva tanto da Prefeitura como da universidade e também das pessoas com deficiência, espero que seja o primeiro diálogo de muitos”.
A engenheira civil, arquiteta e urbanista da Emurb, Alana Lúcia Vieira Mello, outra palestrante da noite, destacou a necessidade dos debates com a comunidade.
“Essa interação com a população é sempre bem-vinda, principalmente a gente que trabalha para eles. Então, é muito importante essa interação para ver se a gente está errando, se estamos atendendo as expectativas. Especificamente em acessibilidade, que é um tema muito recorrente. Hoje em dia temos que priorizar muito isso, porque nós projetistas criamos a consciência de que temos que projetar para todos”.
