Escolas em tempo integral da Rede Municipal de Ensino celebram um ano de funcionamento

Educação
26/03/2024 17h20

Neste mês, as escolas em tempo integral da rede de ensino da capital completam um ano de funcionamento, celebrando um marco da educação pública municipal de Aracaju. Há um ano, em 2023, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), entregava duas unidades que se tornaram referência pedagógica na capital: a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Maria Ruth Wynne Cardoso e a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) João Oliva Alves, ambas localizadas no bairro 17 de Março.

Com um ensino integral de qualidade e amplas atividades que incentivam e proporcionam diferentes vivências aos estudantes, as escolas também trazem impactos positivos no dia a dia dos pais e responsáveis. Com o horário estendido, os familiares podem reorganizar a rotina, ganhando independência para trabalhar, com a confiança de que os seus filhos estão num local seguro.

Feliz com os resultados adquiridos durante um ano da escola, a diretora da Emei Maria Ruth Wynne Cardoso, Silvana Santos, destaca os maiors desafios de ser a primeira unidade de tempo integral.

“O ano de 2023 foi desafiador, mas a gente foi superando e quebrando determinados tabus das famílias que, inicialmente, achavam que a escola era uma substituição da babá. Mas, com o tempo, a gente fez com que as famílias entendessem que nós temos uma proposta política e pedagógica, em que a criança vem, também, para desenvolver suas habilidades e capacidades. Agora, em 2024, já estamos mais confiantes, porque os pais já se acostumaram com a rotina das crianças na escola. Eu posso afirmar que a educação infantil em tempo integral é um projeto que deu certo, com o nosso objetivo sendo avançar cada vez mais, com crianças felizes e tendo seus direitos respeitados por completo”, afirma.

Para Daylane Santos, que é mãe da aluna Maitê, de dois anos, a inauguração da Emei foi “a melhor coisa que aconteceu” porque, segundo ela, agora é possível sair para trabalhar com a certeza de que a sua filha está numa escola que vai recebê-la com muito carinho.

“O desenvolvimento da minha filha é gritante. Quando ela entrou aqui, ela ainda não falava. Hoje, ela já fala tudo, ela dança, sabe identificar as cores, as frutas e as tias. É incrível ver que ela não chora para ficar na escola e é sempre recebida com muita alegria. Quando vejo os vídeos dela no Instagram, me emociono demais com o carinho que eles têm ao filmar e ao marcar as mães para ver, para que a gente possa acompanhar e participar de tudo. Só tenho a agradecer à escola por tudo que ela proporciona para mim, como mãe, e para a minha filha, como aluna”, declara.

Também à frente da gestão de uma unidade em tempo integral, a diretora da Emef João Oliva Alves, Elainy Mary, enxerga o horário ampliado como uma oportunidade maior para os alunos, já que eles conseguem ter acesso a diferentes atividades.

“O tempo integral nos permite reforçar as atividades da manhã, fazendo atividades de leitura, de produção de texto, de matemática, etc. Além disso,  trabalhamos muito a consciência corporal dos alunos, ajudando na questão do aprendizado. Para isso, investimos na aula de capoeira, de xadrez, skate, futsal e tantas outras áreas. A escola de tempo integral exige um planejamento maior, visto que precisamos estar sempre nos reinventando e criando formas de atrair a criança para o aprendizado e para que ela se sinta feliz na escola. Portanto, o nosso grande desafio é esse, promover atividades que despertem o interesse dos alunos e os envolvam cada vez mais”, explica.

Ao citar exemplos de mães que conseguiram entrar para o mercado de trabalho ao matricular os filhos na Emef, a diretora descreve a escola integral como um ganho muito grande para a comunidade.

“Nós temos mães que conseguiram ter independência e começar a trabalhar porque a escola passou a funcionar. Tudo sobre essa escola é gratificante tanto para as famílias, quanto para os estudantes em relação a vários aspectos, como o aprendizado, o desenvolvimento e o trabalho coletivo. Ela é um sonho para muitas famílias carentes que não tem como arcar e possibilitar que a criança tenha acesso a diferentes saberes e atividades. Portanto, ao matricular seu filho em nossa unidade, eles passam a ter contato com esses diferentes saberes e com oportunidades de aprendizagem”, ressalta Elainy.

Com um filho matriculado na Emef João Oliva, Maria Eduarda da Silva também faz parte do quadro de servidores da unidade. Para a mãe e funcionária, a escola de tempo integral permite que ela trabalhe segura de que a criança está em boas mãos.

“Agora, eu posso trabalhar tranquilamente, pois sei que ele está sendo bem cuidado e sendo preparado para o mundo lá fora. Aqui no João Oliva é oferecida uma alimentação saudável, com ótimos professores, ótima diretora e uma maravilhosa equipe que é sempre muito atenciosa e cuidadosa. Eu só tenho a agradecer por ver meu filho em uma escola que tem esporte, tem cultura e tantas outras coisas que ele vive colocando em prática. É um alívio não precisar pagar alguém para cuidar dele enquanto eu trabalho. Além do mais, aqui na escola, ele está estudando, se divertindo e muito mais seguro”, aponta a mãe.