A Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Papa João Paulo II, localizada no bairro Santa Maria, mobilizou todas as turmas e realizou uma passeata de combate à dengue na manhã e tarde desta quarta-feira, 27, nas ruas aos arredores da unidade de ensino. A iniciativa é a culminância de um projeto realizado para, a partir de diversas atividades pedagógicas, conscientizar alunos e famílias sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Com o aumento dos casos de dengue em todo o Brasil, a Prefeitura de Aracaju tem intensificado suas ações através da campanha Aracaju Contra a Dengue. Incluída nesta força-tarefa, a Secretaria Municipal da Educação (Semed) também vem orientando e acompanhando as 79 escolas da rede na abordagem didática do tema com os alunos. As unidades de ensino têm realizado projetos e, em sala de aula, evidenciado as informações sobre o mosquito.
A escola trabalhou a Semana de Combate à Dengue entre os dias 18 a 22 de março. As turmas confeccionaram cartazes, produziram viseiras, procuraram focos do mosquito na escola e em casa, e desenvolveram uma variedade de atividades lúdicas para fomentar o conhecimento e as boas práticas. Também foi realizado pela Emef o projeto Brigadistas mirins, com direito a certificados.
Trabalho diverso e atrativo
Diretora da Emef, Vanessa Noronha explica que, durante a Semana, cada sala desenvolveu o trabalho de conscientização de uma forma, com a intenção que os alunos percebam o que podem ajudá-los a prevenir a dengue e também o que eles podem fazer para combater o mosquito.
"Decidimos promover a caminhada, que ocorreu no quarteirão ao redor da escola, com o intuito de fechar o ciclo de combate à doença neste mês, já que pretendemos dar continuidade a ações com este fim ao decorrer do ano letivo. É muito bom ver que as famílias também se engajaram. Algumas mães vieram acompanhar seus filhos nas atividades e auxiliar a escola nesta ação. Outras ajudaram os filhos na confecção dos trabalhos manuais passados para as crianças. É importante ter toda a comunidade engajada, principalmente, em um tema como este", expressa a diretora escolar.
Professora da turma do Infantil 4 na Emef Papa João Paulo II, Ingrid Maria Santos conta que trabalhou o tema de forma ampla, com jogos e contações de história. Segundo a professora, as crianças chegavam na sala de aula relatando, por exemplo, que a mãe deixava algum recipiente com água aberto no quintal.
"Foi uma forma de conscientizar e eles realmente estavam ajudando, falando sobre o assunto com os pais. Trabalhei o concreto e o abstrato. Trouxe bolinhas de isopor para simular os ovos do mosquito, confeccionei chocalhos e trouxe um brinquedo para imaginarem que fosse o Aedes aegypti", relata.
Ingrid conta ainda que antes de todas estas ações, explicou para os alunos sobre a doença, os sintomas, a questão do repelente e tudo o que pode ser feito para diminuir os casos de dengue. "As crianças gostaram muito. Eles estão encantados com a ideia de combater o mosquito. Educação não é só letras e números, mas educar para a cidadania. É uma troca: escola e família. Quando a criança leva as informações para a casa, geralmente a sociedade tem um feedback e, além disso, independente do tema, eles aprendem e não esquecem mais daquele conhecimento", explana.
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