Prefeitura encerra campanha Abril Verde com seminário "Ruído, o perigo dirário"

Saúde
30/04/2024 15h20

Encerrando as atividades alusivas ao Abril Verde, campanha dedicada aos debates acerca da cultura de segurança e saúde no trabalho, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), realizou, na manhã desta terça-feira, 30, o seminário intitulado “Ruído, o perigo diário”. O objetivo é aumentar a conscientização sobre os efeitos do ruído no bem-estar e na saúde das pessoas, com vistas ao Dia Internacional de Conscientização sobre o Ruído.

O espaço de debate reuniu representantes da SMS, do Ministério Público do Trabalho (MPT/SE), Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Aracaju (Sema) e da Universidade Federal de Sergipe (UFS), objetivando, também, disseminar e conscientizar os empregadores, trabalhadores e toda a população sobre a implantação e manutenção de ações de prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.

De acordo com a coordenadora da Rede de Atenção em Saúde do Trabalhador (Reast), Yara Couto, a saúde do trabalhador é feita de união em busca de parcerias para qualificar e melhorar o trabalho como um todo.

“Temos diversos parceiros nessa luta pela garantia dos direitos dos trabalhadores, para podermos trabalhar com saúde e segurança. O Abril Verde, que encerra neste evento, marca esse mês que reforçamos a importância para chamar a atenção para a saúde do trabalhador, e o nosso município tem um Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerest) atuante e participativo. A partir do tema de hoje, queremos conscientizar que o ruído pode adoecer não só fisicamente, mas desenvolver transtornos mentais e prejudicar o raciocínio e a capacidade de trabalho”, ressalta Yara.

O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho em Sergipe, Marcio Amazonas Cabral de Andrade, sob o tema “Acidente de Trabalho: vidas perdidas”, fez contribuições enfatizando a conscientização de órgãos públicos, empregadores, empregados e a sociedade como um todo no tocante aos acidentes e adoecimentos no ambiente de trabalho.

“Muitas vezes, sem saber, um trabalhador pode ser responsável por um acidente sofrido por seu colega de trabalho, por exemplo, ao perceber uma máquina em situação de não uso ou irregular e inadequado; se o seu ambiente de trabalho está sofrendo situações de assédio moral ou sexual; é também de obrigação como cidadão fazer a sua parte. Ajudando, podemos salvar vidas literalmente. Se todos nós nos conscientizarmos e levarmos a sério a questão do ambiente de trabalho como prioridade, tenho certeza que vamos diminuir drasticamente essa situação desvantajosa no cenário mundial da quantidade de acidentes de trabalho graves, com mortes e o número de adoecimento incapacitante”, destaca Márcio.

A fisioterapeuta da Vigilância em Saúde do Trabalhador da Secretaria de Estado da Saúde (VISAT/SES), Soraya Luiza Gois Souza Melo, chama a atenção para a importância dos temas abordados em parceria com o Grupo de Trabalho Interinstitucional do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (Getrin-20).

“É de extrema relevância continuar falando sobre o assunto e abordar temas diferenciados, como o caso de hoje, que destaca de que forma o ruído afeta a saúde dos trabalhadores. Os adoecimentos são de difícil caracterização e notificação, e nós, da Vigilância, procuramos sempre divulgar informações e falar da importância de casos, tanto de acidentes quanto de adoecimentos ao nosso sistema de informação, para conseguirmos ter dados eficientes e reais a fim de desenvolver políticas públicas sobre esse assunto”, relata a fisioterapeuta.

A técnica de enfermagem Joelma Oliveira também esteve presente no evento para absorver mais informações sobre os temas tratados e contribuir com os debates. Segundo ela, o seminário joga luz em questões intrínsecas à humanidade.

“Acho muito importante trazer esses temas que vimos porque existem acidentes que poderiam ser evitados. Às vezes, somente um lado é culpado, mas se formos avaliar bem são os dois. Esse tipo de debate deve ser mais divulgado para conscientizar toda a população”, conclui Joelma.