Síndromes Gripais: Aracaju implementa plano de contingência em dez Unidades de Saúde da Família

Saúde
09/05/2024 11h35

Antecipando os efeitos do período de transição das estações, que apresentam temperaturas mais baixas e resultam no aumento da procura por atendimento médico para sintomas leves de síndromes gripais, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) iniciará, a partir da próxima quarta-feira, dia 15, o plano de contingência em dez Unidades de Saúde da Família (USFs), contemplando todas as regiões da capital.   

De acordo com o secretário municipal da Saúde, João Vitor Burgos Mota, o plano de contingência faz parte das estratégias da pasta para o enfrentamento da sazonalidade, período em que principalmente as crianças de 0 a 9 anos sofrem as consequências das baixas temperaturas na transição do outono para o inverno.

“A partir do dia 15, disponibilizaremos dez Unidades de Saúde da Família, além do gripário, que contemplam todas as regiões de Aracaju, como uma espécie de retaguarda para desafogar a Rede de Urgência e Emergência, ou seja, os hospitais Fernando Franco (Zona Sul) e Nestor Piva (Zona Norte) com casos leves de síndromes gripais. Desta forma, nosso objetivo é diminuir o fluxo de pessoas com sintomas leves nos hospitais para que possam atender as pessoas em estado mais grave das síndromes gripais em um tempo menor de espera”, explica João Vitor.

A contar desta data, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que apresentarem sintomas leves de síndromes gripais devem procurar uma das Unidades de Saúde da Família de referência destes casos. Os sintomas costumam variar de pessoa para pessoa e a atenção deve ser redobrada ao indicar coriza, dor de cabeça, febre baixa ou moderada, fadiga leve, tosse leve ou moderada, dores musculares ou corporais leves, dentre outros.

Ao apresentar estes sintomas, a população pode procurar as Unidades de Saúde da Família de referência às síndromes gripais. Das 7h às 18h30, as Unidades de Saúde da Família (USFs) que farão este acolhimento são Augusto Franco (bairro Farolândia),  Geraldo Magela (bairro Orlando Dantas), Ministro Cavalcante (bairro Jardim Esperança), Edezio Vieira (bairro Siqueira Campos), Cândida Alves (bairro Santo Antônio), Francisco Fonseca (bairro 18 do Forte), José Machado (bairroSantos Dumont) e Onésimo Pinto (bairro Jardim Centenário). Outras duas unidades funcionarão em horários diferentes. São elas: das 7h às 16h30, a USF João Bezerra (bairro Mosqueiro); e das 7h às 15h30, a USF Celso Daniel (bairro Santa  Maria).  Já o Centro de Atendimento e Triagem de Síndromes Gripais, o horário de funcionamento é das 7h às 18h30.

O momento de escolher uma Unidade de Saúde da Família (USF) ou uma Urgência para atendimento médico por conta das síndromes respiratórias é fundamental, já que essa decisão depende do nível de adoecimento em que a pessoa se encontra. A este respeito, o coordenador-médico do Hospital Municipal Desembargador Fernando Franco, Willian Barcelos, orienta que, primeiro, deve-se ter em mente que o ambiente hospitalar apresenta riscos de contaminação pelo ar, principalmente porque durante o período de sazonalidade as famílias procuram o hospital por estarem adoecidas e acabam compartilhando do mesmo local, se expondo à possibilidade de contrair gripe e outras doenças transmitidas por vias aéreas.

“No hospital, há microorganismos hospitalares que podem infectar as pessoas. Por isso, os pais ou mães, no caso das crianças, principalmente, devem ter discernimento sobre os sinais de alerta de seus filhos e se deslocar para o lugar certo. Em relação às doenças respiratórias, quando a criança não está fazendo esforço para respirar, apresenta febre baixa de forma descontinuada e que quando não está com febre come bem, volta a brincar, mas que tem tosse, coriza, não atrapalhando a respiração, significa que ela pode ser levada para ser cuidada em uma Unidade de Saúde da Família. Isso tudo não muda muito a rotina da criança porque ela apresenta sintomas leves das síndromes gripais”, justifica Dr. Willian.

Do contrário, a partir do momento em que a criança tem uma piora na febre, recusa se alimentar e faz esforço para respirar, deixando-a com um comportamento mais quieto, é notável que o local para onde os pais deverão levá-la é o hospital. “Somando a isso, a presença da febre, principalmente se a criança não ingerir líquidos, é sinal de que deve ser levada para atendimento médico no hospital e lá realizar exames laboratoriais e de imagem. Em bebês, se o choro não parar, se ela estiver com febre, também pode ser um sinal de que deve procurar atendimento de urgência”, completa o médico Willian Barcelos.